Horário: 20 Setembro 2014 de 21:30 a 22:30
Local: Teatro Virgínia, Torres Novas
Rua: Avenida São Sebastião
Cidade: Minde
Tipo de evento: teatro e dança
Sugerido por: Materiais Diversos
Última actividade: 17. Set, 2014
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Inspirada pela poesia de Jalal ad-Din Rumi, o grande poeta persa e místico Sufi fundador da ordem dos Dervishes e pela relação que todos mantêm, corpo e alma, com as suas obsessões, a nova criação de Bouchra explora a loucura. Mas que loucura? De génio ou sábia? Comum ou sanguinária? Isoladora ou libertadora? Amorosa ou desesperada? Delirante ou insensível? Na Europa, os loucos são trancados, diferentemente da cultura árabe, onde têm o seu lugar na sociedade. As palavras que os categorizam são tantas quanto as curas – canto, dança e rituais místicos, trance ou xamanismo.
A peça evoca uma imensa variedade de tradições. Prosseguindo o processo que levou ao sucesso de Madame Plaza(2011), Bouchra partiu em viagem por Marrocos, estudando diferentes regiões e formas de expressão. A inspiração para a sua linguagem, trabalho de corpo e sonoro é apreendida através das pessoas que conhece, nas montanhas, no deserto, em escolas ou em bares: aquelas que nos assustam e que nos repelem; aquelas que são estranhas a todos e até a si mesmas; aquelas cujo silêncio nos perturba; aquelas cujas vozes revelam seres fracturados; aquelas cujos corpos se dobram para revelar uma alma fraca ou um coração magoado; aquelas que, pela intensidade da sua presença, denunciam uma vida vivida contra corrente.
Os olhos demoram a adaptar-se à escuridão. Exalações rítimicas que parecem humanas dominam o espaço: “hey, ho” soa a canto, a ordem, a rugido. À medida que as pupilas dilatam e as luz emerge lentamente, quatro figuras, brancas e pulsantes, tornam-se visíveis. As intérpretes de Bouchra são portentosas e tranquilas cantoras Aïta de meia idade, vocalistas de cabaret simultaneamente célebres e desprezadas pela sua tradição marginal à sociedade marroquina. A sua voz destemida, rítmica e melódica, oscila entre o grito e o lamento.
O quarteto entrelaça-se, braços e corpos suavemente acarinhando e curando, do berço ao túmulo. E assim continua, conjurando e purgando experiências que vão desde a expressiva sexualidade a evocações fantasmagóricas do Sufismo, num equilíbrio delicado entre beleza e insanidade, onde a hipnose dá lugar ao espanto. Todos os espectáculos requerem bravura, mas talvez o mais corajoso seja aquele que logra abraçar o silêncio. Ha! cria espaço com som e abraça a quietude como elemento-chave.
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