Uma experiência avassaladora vivida pela artista quando atravessava a nado, sozinha, um lago vulcânico em Auvergne, França, constituiu o ponto de partida para esta primeira exposição na Fundação Calouste Gulbenkian. A artista relata que a meio da travessia, quando se apercebeu que estava no centro da cratera, se sentiu desorientada e foi invadida por uma sensação de pânico: “Eram águas paradas, a profundidade da cratera incerta mas decerto imensa”. Uma força invisível terá desencadeado, na altura, a emoção expressa pelo título da mostra: "Encontra-me, mato-te". Este episódio marcou profundamente Sara Bichão, levando-a questionar-se sobre si mesma: como identidade singular e como parte de um todo. É precisamente a zona de charneira entre “o que poderia ter acontecido e o que não aconteceu que marca o tempo e a geografia desta exposição” explica a artista, que é Mestre em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e tem o seu trabalho representado em várias coleções públicas e privadas nacionais e internacionais.

Museu Calouste Gulbenkian, Espaço Projeto – Coleção Moderna

16 mar a 4 jun, Qua a Seg, 10:00-18:00

Entrada livre