Foi intenção de Maurice Ravel, nos primeiros anos de 1900, compor para orquestra um tributo à valsa e a Johann Strauss II. Pretendia que fosse uma obra romântica, que intitulou "La Valse, Un Poème Chorégraphique", e sobre a qual escreveu ser "uma espécie de apoteose da valsa vienense mesclando-se na minha cabeça com a ideia de turbilhão fantástico do destino". Só em 1919, após o final da Primeira Guerra, Ravel retomou esta composição, em resposta a uma encomenda de Sergei Diaghilev, para os Ballets Russes. Ravel refez integralmente a concepção inicial e, influenciado pela experiência da guerra, o romantismo perde dominância e o ritmo da valsa deriva frequentemente para o caos, numa metáfora à Europa de então.

Um programa de dança contemporânea, pela Companhia Nacional de Bailado, que apresenta uma curta-metragem de João Botelho, com coreografia de Paulo Ribeiro e música de Ravel: "La Valse". Além disso, recupera “A Sagração da Primavera”, adaptada por Olga Roriz.

De 23 a 29 de Maio, Teatro Camões

Horário: Quinta a sábado às 21h00 ; domingo às 16h00; quarta às 21h00 .

Preço: de €5 a €25