Marzïa
a cor da água, a sua transparência, o barulho das ondas, o seu ritmo, o seu tumulto, a
espuma da ressaca engolida pela areia, a luminosidade dos seixos, dos bancos de
conchas, o cheiro das plantas nas dunas, das algas que secam na praia, o sal nos
nossos lábios, o chuvisco do rebentar das ondas, o vento nos cabelos, a sua frescura
na pele, o calor do sol no rosto, o sol a cintilar na água sempre em movimento, a
sombra de uma nuvem que passa, a linha curva do horizonte, os gritos das gaivotas,
as pulgas do mar na areia. E um cais deserto, ao longo do rio, e no fim do fim do cais,
um hotel-restaurante desactivado. E Márcia, e Nuno, e Álvaro e Luís.

Karin Serres é uma das mais relevantes dramaturgas contemporâneas francesas.
Escreveu mais de 50 textos para teatro, que já foram representados e editados em
diversas línguas (alemão, inglês e sueco). É também cenógrafa e encenadora.
Escreveu marzïa em 2007, no quadro do projecto “Partir en écriture” promovido pelo
Théâtre de la tête noire. marzïa, escrito entre Lisboa e Cacilhas, tem agora em Almada
a sua estreia mundial.

marzïa
de Karin Serres
Encenação José Martins
Interpretação de Alberto Quaresma, Ana Borges, Daniel Fialho, João Farraia

Peça escrita com o apoio do Théâtre de La Tête Noire (Saran, França) e traduzida
com o apoio de Beaumarchais-SACD

Horário: 11 a 23 de Jan, Ter a Sáb às 21h30 e Dom às 16h00