Hélder Trincheiras
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  • Pedro Vieira
 

Página de Hélder Trincheiras

EVOCAÇÕES DAS LÁGRIMAS E DO SANGUE

O livro, sendo escrito por um ficcionista, é uma Obra muito interessante e reveladora da realidade que se viveu nos teatros de guerra, por alguém que vê e divulga os seus dramas, mas de fora para dentro.

       Tenho dito algumas vezes que a história da guerra do Ultramar está muito longe de ser contada e que esta deverá ser revelada e escrita por quem sentiu na pele os seus efeitos. Mas na verdade, neste momento já retiro parte dessas afirmações e curvo-me perante o Autor deste sublime Escrito. Ao mesmo tempo apresento-lhe as minhas felicitações por se ter dedicado a investigações aturadas, para compilar esta Obra maravilhosa.

       Não me vou referir pormenorizadamente a todo o magnífico texto, pois ao fazê-lo seria retirar o interesse aos senhores leitores em descobri-lo página a página. Refiro sim que este volumoso trabalho revela muito sacrifício e dedicação, apresentando pormenores valiosos, resultantes de imensa investigação.

       Aproveitando a oportunidade, recomendo ou peço a todos os ex-combatentes, que tiverem a felicidade de ler este livro, que escrevam as suas memórias da guerra, pois cada caso é um caso, as quais, nem que não sejam editadas e publicadas, podem ser valiosas em casos análogos a este.

       Também costumo dizer que os homens passam e as obras ficam. Mas todo o homem que nasce e morre, sem deixar algo que o faça alguém recordar depois da morte, assemelha-se a uma cortiça navegando desorientadamente na corrente da cheia de um rio que enquanto é avistada é lembrada. Contudo quando isto deixa de acontecer, a sua figura não tardará a cair no esquecimento.

       Assim aconteceu na 1ª Guerra Mundial, no dia 9 de Abril de 1917, onde caíram mortos, nos Campos Elísios em França, cerca de 7.000 soldados portugueses, que foram ali morrer por uma causa que não era sua nem da Pátria, mas sim para promoção política do Chefe de Estado de então. Sobre esta catástrofe pouco se encontra escrito, talvez também porque nessa época a instrução literária era escassa.

       Sobre os cerca de 10.000 homens, que morreram na flor da idade e o contingente infindável de deficientes e mutilados, na guerra do Ultramar, se não forem os testemunhos escritos deixados por alguns intervenientes ou ficcionistas, terão o mesmo fim, o esquecimento. Já se nota, quer nos governantes, quer em alguma juventude, uma certa apatia, aversão ou desinteresse, para com os Combatentes que foram obrigados a participar no drama que foi a Guerra Colonial e que, depois de tanto lá terem sofrido, são deitados ao abandono e em nada diferenciados daqueles que “deram o salto” para França ou Brasil, para se desviarem da guerra. Nem todos tiveram essa astúcia, preferindo manter-se leais à Pátria e hoje são portadores de deficiências ou maleitas físicas e psíquicas que tiveram origem nos maus tratos adquiridos na guerra.

       Sobre esta Obra, reafirmo tudo o que já disse: está muito bem concebida, agradável de se ler e muito valiosa para perpetuar a noção do que foi o maior drama da nossa história contemporânea.

       Mais uma vez, louvo e dou os meus sinceros parabéns ao Autor Prof. Hélder Trincheiras, desejando-lhe muitos sucessos literários e não só. 

   Ex-combatente na guerra em Moçambique e Autor de sete Obras literárias.

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MEMÓRIAS DE INFORTÚNIO DA MINHA TERRA BRAVIA

(Caso tenha interesse na obra: 919254389. Obrigado!)

            Em tom de memória, Olga sentindo-se verdadeiramente amada e correspondida, não resiste em contar ao seu amado, de uma maneira bastante lírica todos os novos sentimentos que nutre por ele. Ao mesmo tempo vai-lhe contando toda a sua vida e os seus mais íntimos segredos nunca antes revelados. Assim lhe expõe as condições sociais em que viveu, os seus pensamentos e análises que faz do contexto político e social ao longo de mais de 50 anos. Com tudo isto tenta dar uma visão fiel e desapaixonada desses tempos em que nasceu, viveu, cresceu e sofreu.

Por outro lado desvenda-lhe como os seus dons de vidência e forte intuição surgiram e como somente aos vinte anos começou a colocá-los em prática e como também lhe trouxeram alguns dissabores. A aliar a tudo isto revela-lhe quase todos os seus sonhos, visões que teve das almas do outro mundo, como as ajudou e como elas a ajudaram.

Através da escrita bastante romântica vai confirmando todo o amor que lhe tem e como ao longo de toda a sua vida nunca se sentiu tão amada como agora. Então olhando para dentro de si e da sua alma vai-lhe apresentando o porquê de não conseguir ser amada como desejava desde menina, devido a muitos fatores que o condicionaram, não só por parte da própria família, como também dos amores que teve.

De uma forma desinibida, crua, real conta todas as peripécias, sofrimentos atrozes, desamores, desilusões e ingratidões que viveu com todos os homens que conheceu. Embora não fosse essa a sua vontade, a certa altura resignou-se a aceitar o que o destino lhe reservava, não esquecendo as condições sociais e políticas da época que muito a forçaram a que tivesse de tomar certas opções que de antemão não pretendia, mas que no fundo eram as mais indicadas.

Mesmo da parte de quem amou e se entregou foi abandonada, posta na rua com o seu filho, não se sentiu fragilizada, nem desistiu da vida, nem do seu muito amado filho. Assim humilde, pobre, reservada, foi à vida com a cabeça levantada e sem medos. Sempre cumpriu os seus deveres para com o seu único filho, que criou sozinha, sem ajudas de quase ninguém. Ao longo da sua jornada, solitária com o filho, veio a conhecer duas pessoas que lhe abriram muitos horizontes de esperança, para que pudesse ter alguém a quem amar, sentir proteção e carinho. Porém, um porque não sentiu coragem de ficar a seu lado, apenas desapareceu, e outro porque lhe faleceu.

Como a época era deveras imensamente exigente para com uma mãe solteira, resolveu juntar-se a uma pessoa que mostrava muito interesse por ela e assim levarem juntos uma vida melhor. No entanto perante uma sociedade tremendamente machista, de um momento para o outro, revelou todo o seu machismo mais doentio que se conhecia, no lado mais terrível, injusto e ignóbil. Cada vez mais incompreendida e quase levada à morte pelo mau trato doméstico, vendo-se num beco sem saída, por sua conta e risco resolve dar outro rumo ao seu destino. Mais uma vez sozinha e sem amor que a valesse, ao fim de vários anos, vendo o seu filho criado com um futuro risonho, conhece outra pessoa que a despertou para um novo amor. No entanto, o que parecia ser um mar de rosas revelou-se o contrário, dado que se deparou com um incorrigível alcoólico. Sem saber o que fazer, visto estar muita apaixonada por ele, resolve abandonar tudo para trás e seguir outro caminho. Até que por fim conhece a pessoa que havia tantos anos procurava no mais fundo do sue coração.

Tudo isto numa narrativa de uma alma apaixonada, muito sensível ao amor, que se desvela profundamente magoada, ferida e chagada pelos muitos dissabores que a vida lhe deu. Não esquecendo todo o contexto social e político do seu país, ao longo de mais de uma cinquentena de anos, envolvido em questiúnculas ferozes, agrestes, violentas e sangrentas. Então apresenta o seu país num contexto em que América Latina era vista como um continente sem qualidade, sem saída saudável e sem um destino risonho, sendo à época considerado um lugar sem solução à vista. Apenas os países mais evoluídos a viam como uma mina donde poderiam tirar os seus melhores proveitos, explorando-o ao máximo nos seus recursos e ao povo que o habita. Tudo isto é revelado, criticado e analisado por Olga, numa forma neutra de quem viveu na pele e no mais fundo da alma as condições mais pobres e quase miseráveis, não deixando de sempre amar o seu lindo e belo país que é a Colômbia.

 http://www.artelogy.com/pt/tags/h%C3%A9lder-trincheiras-e-bertha-saenz

"Fulgores da Mudança"

Romance contemporâneo que mostra como foi a vivência e a passagem entre em dois regimes diferentes em Portugal. Os acontecimentos iniciam-se a partir dos anos de 1972, abril, em que se sentia um crescente de descontentamento no povo, devido às condições de trabalho e de vida constantemente agravadas com a carestia de bens de consumo, especialmente estrangeiros, e o pais que não se modernizava como era de esperar, em relação a uma Europa tão avançada. Todo este enredo é vivido num Portugal antes do 25 de abril de 1974 em ebulição de greves e contestações, sofrendo as cargas policiais, mas que depois vieram a ajudar a despoletar todo um descontentamento generalizado, do qual resultou a revolução.
Miguel vive a aprendizagem na política metendo-se voluntariamente em greves e debatendo com interesse a vida política e social do seu país, vindo a viver o 25 de abril. Entretanto vive dois amores que o levam a amadurecer como homem. Tanto Miguel como os outros são pessoas de personalidades redondas que evoluem ao longo do romance. No enredo salta à vista Rosa que decide desde muito nova ser jornalista. Ela é representativa de muitas mulheres que na época do antigo regime souberam dar a cara por uma nova maneira de ser e de estar na vida, em favor da justiça e liberdade da mulher, sem estar sujeita à vontade arbitrária do marido e realizar os seus projetos de forma independente. Borges é o típico de pessoa filho de famílias da classe alta em decadência na época, que se vão limitando a viver como qualquer cidadão normal da classe média, acabando por intervir conscientemente em favor da sociedade. A mudança de regime trouxe muitas esperanças para país, para logo a seguir mostrar-se cheio de contradições e até perigos de guerra civil, devido a constantes greves e supostas ameaças de voltar a um passado político já ultrapassado tanto à direita como à esquerda. Mas inesperadamente surge o 25 de novembro de 1976, que mostrou como haviam diferentes correntes de pensamento dentro do movimento inicial dos militares do 25 de abril.

"Silêncios que Matam"

https://plus.google.com/109777647918566617262#

http://www.youtube.com/watch?v=l_i__jKSxwc

A obra passa-se entre dois jovens, nos anos de 1952 a 1958, em ambiente provinciano, tendo como pano de fundo o regime impositivo do Dr. Oliveira Salazar, um grupo de revolucionários democráticos que lutam, clandestinamente, contra os que exploram, perseguem e humilham e a corrida à eleição de Humberto Delgado à presidência. O fulcro do enredo centra-se no namoro vivido entre Leonor e Gabriel que vivem com os seus amigos, familiares e conhecidos cheios de carências, sofrimentos, ambições, amores, diversões e uma vida psicológica em constante evolução e maturação. Tudo num ambiente social vividos numa vila do Alto Alentejo, Borba, ao mesmo tempo que mostra alguns quadros etnográficos dos usos e costumes locais.

Ela da classe pobre, sempre necessitada e em esforçado trabalho, cuja ambição é querer viver ao lado de Gabriel. Ele de classe média baixa toma forte consciência da penúria dos outros. Isto levá-lo-á a tomar uma decisão definitiva de sair da província atrasada cultural e economicamente. Plano com o qual tenta convencer os pais do amor para com Leonor, mas sem êxito, mesmo já com um filho gerado entre os dois. Ele, dividido entre o amor intenso por ela e a ambição desmedida, parte como militar, só com o conhecimento dos pais, para a África, Angola. Ali obtém os privilégios da política de colonização do regime, que favorece uma classe média em franca ascensão económica e social, conseguindo assim executar parte do plano. Embora, por cartas, dê sempre a Leonor a ideia de que a levará para África, fica demasiado tempo num impasse, o que leva a arrefecer o amor. Por fim opta por outra jovem, aconselhada pelos pais, sacrificando o grande amor por Leonor. Esta acaba por desistir dele.

A obra também reflete sobre o Portugal profundo da altura, com uma forte divisão de classes. No meio disto mostra as ideias do regime veiculadas pelas organizações do Estado Novo, como a Mocidade Portuguesa Feminina e Obra das Mães. Por outro lado um governo autoritário que acabava por levar uma classe média baixa a cometer os equívocos que uma classe alta. Por outro lado um regime que já dava sinais de não ser a resposta eficaz para o país e os anseios da população.

 

"Profissão Nascida na Dor"

http://www.dailymotion.com/video/xhe9wr_sugestoes-de-leitura-marco-abril-2011_creation

(Caso tenha interesse na obra: 919254389. Obrigado!)

A obra escrita trata das peripécias vividas por um professor na passagem do séc. XX-XXI, em ambiente de escola.
Por outro lado apresenta a forma de ensino da época, identificando apenas as personagens, mas deixando anónimos os locais onde estas vivem as suas vidas, se inter-relacionam, interagem e sofrem. Pelo que pretende apenas ser uma metáfora de toda e qualquer escola onde os problemas surgem e qual o possível motivo do seu aparecimento. Também se apresenta como um romance de personagem (redonda) que tem uma vida profundamente psicológica, sua evolução em vários aspectos, com as suas alegrias, tristezas e fortes mudanças a nível do foro íntimo e nos projectos de vida, ao longo da obra; mostra-se o reconhecimento do problema despoletado por motivo do deficiente sistema de ensino que o fez passar por um processo disciplinar e uma grave depressão devido ao stress traumático. Subjaz dentro dela uma crítica e um alerta sobre as enormes dificuldades existentes dentro do sistema de ensino da época e que ainda hoje se vivem no trabalho de leccionação das aulas; ou ainda a tentativa de uma reflexão profunda sobre o ensino a partir dos seus mais directos agentes, que são os professores. Outros problemas e as dificuldades apresentados vão desde os que se vivem nas direcções das escolas, passando pelos pais, alunos, auxiliares de educação e principalmente os professores. Outro dado relevante é reflexão que se faz acerca das ideologias filosóficas que orientam o ensino, a educação, as políticas adoptadas e as possíveis soluções apontadas.

"O Primeiro Português no Tibete"

Vida e peripécias vividas pelo Padre António de Andrade, Jesuíta do séc. XVI-XVII, que foi o primeiro português a descobrir o Tibete. Obra escrita a partir das únicas duas cartas endereçadas pelo Padre aos seus superiores, depois de ter estado no Tibete.

Este missionário aventureiro da época dedicou a sua vida com coerência a um ideal nobre pautado pela fé e a verdade, pelo que sofreu com isso diversas agruras como sejam a incompreensão dos seus companheiros, sofrimentos, perseguições, cansaços, fome, frio e risco de a todo o momento perder a vida. Exercendo a sua actividade em lugares que já na época eram considerados bastante perigosos, porque em diálogo difícil com outras religiões, mesmo assim conseguiu levar em frente todo o seu plano de extensão da fé a lugares onde nunca ninguém tinha conseguido, como seja o Tibete. Por outro lado como superior Provincial em Goa, conta a sua segunda viagem ao Tibete a um amigo franciscano e, por fim, ao fazer a tentativa de uma terceira viagem, inesperadamente, é assassinado.

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Às 20:33 em 3 Dezembro 2012, Rui Martins disse...

Oi Prof. desejo uma boa carreira como escritor ^^

Às 20:54 em 21 Fevereiro 2012, Hélder Trincheiras disse...

Obrigado por me visitarem e lerem!

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