Mensagens de Susana Monteiro Fonseca - MyGuide2024-03-29T10:53:10ZSusana Monteiro Fonsecahttp://myguide.iol.pt/profile/susanamonteirofonsecahttp://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1548649666?profile=RESIZE_48X48&width=48&height=48&crop=1%3A1http://myguide.iol.pt/profiles/blog/feed?user=196ky6pqig4b6&xn_auth=noGASTRONOMIA: Restaurante Cacilheiro do Tejotag:myguide.iol.pt,2011-02-23:4971388:BlogPost:317752011-02-23T00:00:00.000ZSusana Monteiro Fonsecahttp://myguide.iol.pt/profile/susanamonteirofonseca
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<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561646639?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561646639?profile=RESIZE_1024x1024" width="500"></img></a> Era um daqueles dias de autêntica letargia em que os passos que damos são independentes do resto do corpo.</p>
<p>Eram 13.00 horas, atravessávamos a ponte ainda sem saber onde almoçar, íamos conversando de tudo e de nada e conduzindo, também o carro tinha vida própria. Nesse dia não havia rumo ou destino pré-definidos, andávamos ao sabor do nada.</p>
<p>Parámos no…</p>
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<p><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561646639?profile=original"><img width="500" class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561646639?profile=RESIZE_1024x1024" width="500"/></a>Era um daqueles dias de autêntica letargia em que os passos que damos são independentes do resto do corpo.</p>
<p>Eram 13.00 horas, atravessávamos a ponte ainda sem saber onde almoçar, íamos conversando de tudo e de nada e conduzindo, também o carro tinha vida própria. Nesse dia não havia rumo ou destino pré-definidos, andávamos ao sabor do nada.</p>
<p>Parámos no Seixal a admirar a baía, onde outrora a frota de Vasco da Gama partiu rumo a Belém. E como de navegadores reza a história portuguesa e do mar partimos em direcção ao mundo, resolvemos almoçar por ali, revivendo o contexto dos pensamentos e dos descobrimentos. Ali se construíram as naus, ali construímos a nossa tarde.</p>
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561649491?profile=original" target="_self"><img width="750" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561649491?profile=RESIZE_1024x1024" class="align-full" width="750"/></a></p>
<p>Entrámos no <strong>Restaurante Cacilheiro do Tejo</strong> e deleitamo-nos com uma carne em vinho tinto e umas migas, a acompanhar com um vinho da casa. Se o manjar estava agradável a paisagem ainda mais. Almoçar a ver os contornos do horizonte reflectidos na água no interior de um cacilheiro não é para muitos, é apenas para os que em tempos andaram por mares nunca dantes navegados, os portugueses claro está! </p>
<a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561652863?profile=original" target="_self"><img width="750" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561652863?profile=RESIZE_1024x1024" class="align-full" width="750"/></a>Despojos de Inverno (Winter's Bone) - Críticatag:myguide.iol.pt,2011-02-22:4971388:BlogPost:319112011-02-22T23:25:22.000ZSusana Monteiro Fonsecahttp://myguide.iol.pt/profile/susanamonteirofonseca
<p>Baseado no livro de Daniel Woodrell, <strong>“Despojos de Inverno”</strong> retrata a mudança súbita na vida da jovem Ree que, após o desaparecimento do pai, tem de tratar dos dois irmãos mais jovens e da mãe mentalmente incapaz. A jovem é avisada pelo xerife que o pai, após ter sido preso por “cozinhar” metanfetaminas, deu a casa e o terreno como garantia de fiança, desconhecendo-se o paradeiro do mesmo. A partir daqui começa a odisseia de Ree numa tentativa desesperada de encontrar o pai e…</p>
<p>Baseado no livro de Daniel Woodrell, <strong>“Despojos de Inverno”</strong> retrata a mudança súbita na vida da jovem Ree que, após o desaparecimento do pai, tem de tratar dos dois irmãos mais jovens e da mãe mentalmente incapaz. A jovem é avisada pelo xerife que o pai, após ter sido preso por “cozinhar” metanfetaminas, deu a casa e o terreno como garantia de fiança, desconhecendo-se o paradeiro do mesmo. A partir daqui começa a odisseia de Ree numa tentativa desesperada de encontrar o pai e salvar os bens da família. </p>
<p><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561647964?profile=original"><img class="align-full" width="550" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561647964?profile=original"/></a></p>
<p><strong>“Despojos de Inverno”</strong> foi feito com um baixo orçamento e um elenco composto por grande parte de actores inexperientes. Não é desta forma uma grande produção faraónica ao estilo dos grandes estúdios, pois é um filme independente, no entanto tem na carteira cerca de 21 prémios já conquistados, em festivais como o de Berlim ou o de Sundance, onde Debra Granik venceu.</p>
<p><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561650943?profile=original"><img class="align-full" width="610" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561650943?profile=original"/></a></p>
<p>O mote do filme encontra-se no argumento forte e cru e na intensidade das personagens, de Ree, interpretada de forma bastante coesa por <a href="http://www.imdb.com/name/nm2225369/">Jennifer Lawrence</a> e de Teardrop, interpretada de forma assustadoramente espontânea por <a href="http://www.imdb.com/name/nm0370035/">John Hawkes</a>.</p>
<p><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561650989?profile=original"><img class="align-full" width="640" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561650989?profile=original"/></a></p>
<p>“Despojos de Inverno” é um filme cru, quase violento, mais que pela história, pelo retrato de uma América recôndita, fria e agressiva. O Inverno é a estação do filme, dessa América e dessas personagens. </p>
<p><i><a href="http://www.imdb.com/name/nm2225369/">Ree</a></i><i>: I'd be lost without the weight of you two on my back.</i> <i>I ain't going anywhere.</i><i> </i>– Até onde irá este filme na noite dos Óscares?</p>
<p> </p>CULTURA: Crítica - "The Fighter"tag:myguide.iol.pt,2011-02-15:4971388:BlogPost:284832011-02-15T18:30:00.000ZSusana Monteiro Fonsecahttp://myguide.iol.pt/profile/susanamonteirofonseca
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561637001?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561637001?profile=RESIZE_1024x1024" width="500"></img></a> É habitual surgirem de ano para ano alguns Biopic, género apreciado pela academia, sendo que os relacionados com o desporto têm sempre muitos adeptos. “The Fighter” acompanha a carreira de um lutador de boxe e a sua relação com a família e é precisamente de luta que fala, não apenas a luta no ringue, mas a luta para trilhar um caminho pessoal e profissional, descarnado da…</p>
<p><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561637001?profile=original"><img width="500" class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561637001?profile=RESIZE_1024x1024" width="500"/></a>É habitual surgirem de ano para ano alguns Biopic, género apreciado pela academia, sendo que os relacionados com o desporto têm sempre muitos adeptos. “The Fighter” acompanha a carreira de um lutador de boxe e a sua relação com a família e é precisamente de luta que fala, não apenas a luta no ringue, mas a luta para trilhar um caminho pessoal e profissional, descarnado da manipulação e pressão constantes na sua relação familiar.</p>
<p>O filme não deixa de ser convencional e é realizado de uma forma bastante leve, ao ponto de não conseguir ser superior a títulos do género, na sétima arte, como “Raging Bull” e “Million Dollar Baby”, mas merece destaques ao nível do elenco. Um desses destaques vai para Christian Bale, no papel de Dicky Ecklund, o irmão viciado em Crack, também ele ex-lutador, e treinador do candidato a campeão de boxe, encarnado por Mark Wahlberg. Bale mostra o amadurecimento na sua interpretação, se começarmos a analisar o seu percurso no ano 2000 onde encarna Patrick Bateman, em “American Psycho”, filme adaptado do romance homónimo de Bret Easton Ellis, passarmos por “The Machinist” em 2004 e pelos dois filmes de Christopher Nolan, onde encarna Batman, ou mesmo “Harsh Times”, filme de 2005, podemos confirmar efectivamente esse facto em “The Fighter”. O papel é tão forte que ofusca o papel principal de Wahlberg como Micky Ward. Outro destaque na interpretação vai para Melissa Leo no papel da mãe Alice Ward, a matriarca que quer controlar tudo e todos, sem esconder a predilecção pelo filho problemático, Dicky Ecklund.</p>
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561637122?profile=original" target="_self"><img src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1561637122?profile=original" class="align-full" width="535"/></a></p>
<p>Enquanto Micky Ward conseguiu cumprir aquilo a que se propôs, marcar de forma equilibrada o seu nome na história do boxe, não abdicando, mas tornando-se mais independente da teia familiar, Mark Wahlberg não conseguiu marcar o seu nome no filme, se comparado a Christian Bale, apesar da sua interpretação sóbria.</p>
<p>Micky Ward: “I'm the one who's fighting. Not you, not you, and not you..” – Na corrida aos Óscares não será assim</p>
<p> </p>CULTURA: Aventuras anuais da cinematografiatag:myguide.iol.pt,2011-01-27:4971388:BlogPost:218972011-01-27T19:00:00.000ZSusana Monteiro Fonsecahttp://myguide.iol.pt/profile/susanamonteirofonseca
Mais um ano de filmes, mais um ano de globos e de compasso de espera para os Óscares.<br></br>
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Desta feita temos um manjar variado, por um lado as biografias com “The Fighter”- de David O. Russell, “The Social Network” de David Fincher e “The King`s Speech" de Tom Hooper, o western “True Grit” com os irmãos Coen a dirigir, “Inception” de Christopher Nolan, que Freud certamente apreciaria se estivesse entre nós, os manuais de sobrevivência com “Winter`s Bone” de Debra Granik e “127 Hours” de…
Mais um ano de filmes, mais um ano de globos e de compasso de espera para os Óscares.<br/>
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Desta feita temos um manjar variado, por um lado as biografias com “The Fighter”- de David O. Russell, “The Social Network” de David Fincher e “The King`s Speech" de Tom Hooper, o western “True Grit” com os irmãos Coen a dirigir, “Inception” de Christopher Nolan, que Freud certamente apreciaria se estivesse entre nós, os manuais de sobrevivência com “Winter`s Bone” de Debra Granik e “127 Hours” de Danny Boyle, “The Kids Are All Right” de Lisa Cholodenko na comédia e “Toy Story 3” de Lee Unkrich na animação. And last but not least- “Black Swan” de Darren Aronofsky.<br/>
Daqui o que podemos concluir? Que a competição é cerrada, basta juntar Danny Boyle, David Fincher, Christopher Nolan, Joel e Ethan Coen e Darren Aronofsky e temos um leque de fortes cineastas, apesar de nem todos terem sido nomeados na referida categoria.<br/>
Se seguirmos os passos dos globos de ouro e se dermos uma de Nolan e entrarmos na mente do “Zé povinho” americano concluímos que o grande vencedor poderá ser “The Social Network”.<br/>
No que a mim me diz respeito, enquanto apreciadora obcecada da sétima arte e crítica humilde, deposito os meus maiores sonhos e desejos em Black Swan e em Inception e estendo a mão a Aronofsky, enquanto lamento não poder estendê-la a Christopher Nolan.<br/>
O cinema é vida, mas é criatividade, paixão e imaginação, também nesse campo Black Swan e Inception preenchem os requisitos. Natalie Portman merece o Óscar e se o não receber a academia enlouqueceu de vez e Darren Aronofsky merece-o também. O que Aronofsky faz com um filme é de uma delicadeza crua em luta com uma agressividade pura. O olhar de Aronofsky em Black Swan recorda-nos o olhar em Requiem for a dream, um crescendo de ilusão, de loucura, de perdição, para no final ser rematado da forma mais estranha, imprevisível, mas mesmo assim espontânea. Alguém consegue pensar em “miudezas”, na conta da luz ou nos pneus novos para o carro com 10 anos, enquanto vê um filme de Aronofsky? Alguém por acaso fica indiferente e levanta-se da sala de cinema para ir dormir que nem um anjo? NUNCA! Eu depois de ver um filme do Aronofsky ando dias sem me lembrar de pagar as contas, com insónias fulminantes e com os pneus carecas.<br/>
A pergunta agora é… Será isso que a academia quer, emoções ao rubro, o embalo doce de um cisne branco e a torrente explosiva de um cisne negro? Ou apenas seguir os passos da ascensão de uma rede social que é já o quarto país em população, se se tratasse efectivamente de um país?<br/>
Reparem que isto é já uma pergunta retórica! Como sói dizer-se numa quase gíria portuguesa: “Temos pena”!