A essência de um país e do seu povo está espelhado nos seus costumes, nas suas tradições, na sua gastronomia, na forma como transformam o que a Natureza lhes dá. E aos portugueses deu tanto! Deu-nos um sol invejável, deu-nos mar a perder de vista, deu-nos uma terra generosa e que gostamos de compartilhar com quem nos visita.

Amamos Portugal porque o sangue que nos corre nas veias é português, porque é portuguesa a terra onde estão sepultados os mortos cuja memória nos é sagrada; porque a terra onde nascemos, a língua que falamos, os livros que nos instruem e educam, os nossos irmãos, os nossos companheiros, o grande povo no qual vivemos, a natureza admirável que nos cerca, tudo enfim quanto vemos, amamos e admiramos é português.

Para os que nos visitam, levamo-los a fazer uma viagem à alma do nosso país, não da sua riqueza histórica, mas a conhecer os vinhos de reputação internacional que aqui se produzem e que contam, também, as nossas histórias, os queijos de sabor genuíno, os enchidos feitos por mãos que conhecem todos os seus segredos e muitas outras iguarias que fazem parte do nosso ADN.

Descubra, pois, os gostos mais tradicionais, os vinhos que tanta notoriedade dão aos petiscos nacionais e que bem valem um brinde a nós, a todos os leitores deste breve apontamento, e que fazem de Portugal o país dos sabores:

Vinhos de Lisboa e Vale do Tejo – Uma das grandes virtudes destas duas regiões portuguesas é conseguirem produzir vinhos tintos e brancos de boa qualidade, com propostas inovadoras em termos de castas e suas combinações. São vinhos macios, preparados para serem apreciados na juventude, mas ainda com garra.

Vinhos da Península de Setúbal – Ao contrário de outras regiões produtoras de vinho, a Península de Setúbal está há muito marcada pela presença esmagadora de duas castas: o Castelão, durante muito tempo conhecido por Periquita, com a qual se fazem vinhos tintos, e o Moscatel, usado essencialmente para produzir o generoso Moscatel de Setúbal.

Vinhos do Alentejo – Os vinhos desta região são marcados pelas suas duas castas principais: a Aragonez e a Trincadeira, complementadas com muitas outras. Em comum, são cheios e exuberantes de aromas, redondos, e com uma capacidade única para serem bebidos cedo, ainda que muitos deles possam envelhecer com nobreza.

Vinhos do Dão – Na região do Dão predominam as castas Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz. São vinhos redondos, elegantes e geralmente podem ser guardados por vários anos.

Vinhos do Douro – Os tintos do Douro têm uma complexidade e riqueza ímpares e, na sua prova, é habitual aparecerem notas de frutos pretos, chocolate, violetas e da madeira em que estagiam.

Vinhos Rosés – Os vinhos roses são refrescantes e apreciados nas noites de verão. De cor laranja a púrpura, sabor fino, elegante e muito frutado, combinam bem com pratos de peixe e mariscos.

Vinhos Verdes – A região do Minho é o reino dos vinhos marcados pela aromática casta Loureiro e berço da carismática casta Alvarinho. Estes vinhos têm características muito especiais: baixo teor alcoólico, são frutados, fáceis de beber, óptimos como aperitivo ou em harmonização com refeições leves e equilibradas.

Pão e enchidos – Quem não gosta de um bom enchido tradicional, acompanhado de um belo e saboroso pedaço de pão? A união perfeita entre tradição e sabor está nesta união, tão diversificada nas várias regiões de Portugal.

Queijos e doçaria – Portugal é uma terra de sabores. Sabores fortes, sabores únicos, sabores inesquecíveis, que chegam de Norte a Sul do país.