Entrámos no Laos por Pakse e dali rumámos a Si Phan Don, a zona das 4.000 Ilhas no sul do país. Era época de monção e a corrente do Mékong estava respeitável! Mas as cascatas eram ainda mais assombrosas com um tal caudal. Em Don Det, passeámos relaxadamente de bicicleta, através dos trilhos entre arrozais, passando pontes de bambú, ladeando o rio e admirando-nos com a preservação da locomotiva que os franceses, na impossibilidade de vencer o Mékong nos seus rápidos, ali fizeram chegar em tempos idos.
A próxima etapa foi a capital cultural Luang Prabang, pequenina e cheia de charme. De monumentos invulgares e elegantes, a cidade é ainda ponto de partida para visitas às cascatas e às tribos das redondezas. O nosso último trekking teve a virtude de englobar estes dois-em-um e foi, por isso, memorável.
Em rota para a capital, tivemos que passar no meio das montanhas impressionantes que tínhamos visto do avião! Por estradas sinuosas, encostadas a verdejantes "dorsos de dragão" em pedra, chegámos a Vang Vieng. Ignorando o ar de rave constante que os adolescentes ocidentais e australianos dão à terra, um passeio de barco bem cedinho, na corrente forte da monção e entre montanhas escarpadas, é mágico. Há ainda grutas enormes por explorar.
Fechámos o périplo em Vientiane, a cidade mais simpática do Laos e uma das capitais mais calmas do mundo. Aqui desfrutámos da promenade enorme junto ao Mékong, da gastronomia e das massagens mais fantásticas do mundo.

Fomos embora com os olhos rasos de água...com reflexos de arrozais. E um rio passa lá no meio.

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