À porta para limpar os pés. Debaixo de uma mesa como decoração. Torna o lar mais confortável e muitas vezes nem o notamos. Mas sentimos a sua ausência quando olhamos para uma sala e a achamos despida. Este objecto é utilitário, decorativo, e no caso que se segue, uma verdadeira obra de arte e persistência…
Os tapetes de Arraiolos são de um enorme valor, quer pelo preço dos materiais, quer pela arte das mãos que os executam. Num documento datado de 1598 é descrito um tapete avaliado em dois mil réis. Ainda assim, acredita-se que a sua existência é anterior.
Nos finais do século XV, várias famílias mouriscas se fixaram nesta zona. Como cristãos novos, dedicaram-se à manufactura de tapeçarias, que baptizaram com o nome da terra que os acolhera.
Estes tapetes apresentam influências variadas, pelo que podem dividir-se em épocas distintas.
Século XVII
A variedade e alegria das cores caracterizam esta fase. Os motivos variam entre a influência persa e a manuelina.
A flor de palmeira, os animais e arabescos marcam a identidade asiática. A ilustrar a cultura portuguesa, as rosetas, nós e cordas.
Século XVIII
Os motivos orientais vão desaparecendo gradualmente. Agora a moda é outra e os tapetes enchem-se de flores.
Século XVIII/XIX
A cor deu o seu lugar à simplicidade. A composição dos tapetes tornou-se menos densa. Os desenhos repetitivos, em fundos de cores mortas conquistaram o seu lugar, provando que a sobriedade também tem o seu encanto.
No fim do século XIX, as oficinas desapareceram. Restaram algumas bordadeiras, que foram transmitindo a técnica. Foi isso que tornou possível o renascimento desta arte já no século XX.
O fabrico de um tapete exige paciência e perícia. Primeiro bordam-se os contornos dos desenhos. Depois preenche-se o seu interior, a que se chama matização. Finalmente preenche-se o fundo do bordado.
Nos dias de hoje, e apesar do valor turístico, os tapetes de Arraiolos sofrem a concorrência feroz do mercado chinês.
Por isso é preciso dar o valor a esta arte e às mulheres que tentam dar-lhe nova vida.
A elas, que ensinam com gosto os que delas descendem. A elas que lutam pela autenticidade desta arte. A elas, e aos seus dedos ágeis!
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