David LaChappelle nasceu em Fairfield, Connecticut, 11 de março de 1969) é um fotógrafo conhecido por suas imagens inusitadas, coloridas e irreverentes.A temática de LaChapelle, além de única, é de tal forma peculiar que é facil reconhecer o seu trabalho em qualquer parte. No seu trabalho, o absurdo e o exagero de cores, formas, pessoas e situações é constante. LaChapelle cria um mundo estático onde tudo tem brilho e tudo o que compõe a imagem está a posar para e a servir a foto, desde os próprios modelos até um acessório aparentemente sem importância como uma cadeira ou a sebe de um jardim. Tudo, até ao mais ínfimo pormenor é pensado num enquadramento de David LaChapelle.
Praticamente todas as fotografias de Lachapelle contam como que uma história, visto que falam através de personagens que se encontram em situações muito peculiares. Todas essas personagens, têm algo de não-humano, como se fosse ascendência à perfeição através dos seus corpos incrivelmente brilhantes, poses e figuras perfeitamente esculpíveis, à semelhança das representações olímpicas da antiga grécia.
As imagens de LaChapelle estão carregadas de humor, ironia e surrealismo. Este tipo de abordagem são lugares-comuns no trabalho do norte-americano.
LaChapelle tem o invulgar hábito de colocar pessoas deslocadas no tempo e espaço, em situações opostas às do mundo real, ou no mínimo opostas às que nos habituamos a ver. Por exemplo, insere Jesus Cristo em situações do mundo actual. No entanto, apesar de só por si a temática ser extremamente sugestiva, o que torna as imagens poderosas é a pose, a compustura, o brilho, e o glamour que nem Jesus Cristo perde.
O sexo é também uma constante no trabalho de LaChapelle, mas não da forma explicitamente gratuita de Terry Richardson. LaChapelle implicita constantemente o sexo nas suas imagens, sem no entanto nunca o mostrar. Mesmo a nudez, sendo amiúde explícita, tem sempre um sentido estético extremamente apurado e uma razão de ser muito forte.
A temática de LaChapelle resume-se pois, a mostrar imagens inéditas ao nosso cérebro, imagens que, ainda que chegando a nós com referências de imagens anteriores, trazem uma frescura transportada pela habilidade de David LaChapelle de tornar a imperfeição de pessoas e objectos, perfeita.
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