Em semana de antecipação de Óscares, há que rever, acima de tudo, mais um ano de cinema. Analisar 365 de filmes não é tarefa muito simples, mas em bom da verdade, poucos são os filmes que me deixaram memórias. Temos assistido, semana após semana, a uma tentativa de mascarar falta de bons argumentos com grandes produções. O elenco passa a ser a chave de sucesso/insucesso de tudo, afinal...quem não gosta de ver a Angelina Jolie no big screen?

Fotograma a fotograma, as mais espectaculares explosões ocorrem, os mais verdes ET's mostram que afinal só querem "ser nossos amigos", e numa análise nada meticulosa, percebemos que apenas os protagonistas têm a melhor das pontarias..num único tiro, conseguem aquilo quem 20 carregadores dos inimigos não conseguem... Os lobisomens e os vampiros imperam, as sequelas/prequelas, os remakes, são produtos que com a máquina publicitária a funcionar, se tornam em blockbusters.

Destaco, e aconselho alguns bons filmes que vigoraram nas nossas salas o ano transacto... Shutter Island, afinal o Leo Dicaprio sabe interpretar(teve um longo período de aprendizagem é facto...), The Ghost Writer, simplesmente brilhante...A Single Man(a ver se finalmente dão o Óscar ao Colin Firth)...

Agora, é tempo de nos sentarmos e apreciarmos verdadeiramente a cerimónia dos Óscar, à bom português... Ver quem vai pior vestido, se algum dos convidados se engana no tele-ponto, se a passadeira vermelha está tão vermelha como deveria e se ganham os nossos preferidos (sim, porque ninguém quer realmente saber da qualidade do filme...).