Para Paco Bandeira este álbum «Share ou não Share… eis a questão!» surge em jeito de sátira social e por uma razão especial: do desejo de querer transmitir a mensagem de os artistas quererem comunicar directamente com o público e existirem sempre algumas barreiras a essa comunicação. Existem sempre na maioria dos casos «mediadores intelectuais», os «senhorios do nosso gosto», que pretendem definir o «paladar auditivo», de quem não conhecem, não ouvem, não lêem, mas falam e escrevem como se para tal estivessem por eles mandatados. São eles que definem as play-lists que passam nas rádios. O que interessa são as audiências, os «pseudo-shares»…

Imagem retirada do Google

Em Portugal, o artista só sobrevive se se entregar, mais a sua arte, aos mecenas, aos políticos, aos «seus mui ditosos benfeitore, aos fazedores de opinião… só é verdadeiramente artista quem os «manajeiros» de opinião permitem…

O artista alentejano diz-nos o que lhe vai na alma nos tempos que correm: “Quero chegar ao público tal como eu sou! Sem filtro! Tal como um criador de música pensa e… o acesso a esse pensamento está muitas vezes vedado ao público”. Acrescenta ainda: “Como é que alguém se pode cumprir e assumir se o seu trabalho não chega tal como nasceu à foz? Sempre lutei pela liberdade, e se na época de liberdade não me deixam ser livre, não sou só eu que perco, mais vale não teimar no que já está desmentido. Pior que a velha censura é a nova censura".

Palavras que aspiram a uma nova composição com o mesmo sentido de liberdade de expressão de um artista e compositor que marcou e continua a marcar e a inspirar gerações.

Um espectáculo a não perder!

26 de Fevereiro, 21h30

Local
Europarque Santa. Maria da Feira – Grande Auditório

Preço dos bilhetes
20 €

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