Tudo começou desde que o Mundo virou um inferno. Uns acordaram sem saber o que acontecia lá fora, outros foram obrigados a perceber o que se passava mesmo à sua frente. Crianças, adultos, idosos, levados ao isolamento que, mesmo contrariado, surgiu. Era correr para não morrer, matar para viver! Tornei-me em algo que eu sei que não sonhava, nem queria ser um dia. 

Uma estrada trouxe-nos até aqui, vendo a morte andar ao nosso lado, bem perto de nós. Perdemos aqueles que mais amávamos e hoje ainda estamos aqui. A tentar sobreviver, dia após dia, sem saber se amanhã acordamos ou hoje é o fim para algum de nós… ou mesmo para mim! Já chorámos tudo o que tínhamos a chorar, já mudámos a nossa forma de pensar, já matámos para sobreviver, num mundo em que criticávamos a violência, a morte e a injustiça. Infelizmente, foi assim que muitos de nós morreram e é assim que muitos morrerão. Uma luta para testar os limites de sobrevivência de cada um, onde aprendi o verdadeiro significado de confiança: a que se deve ou não depositar em alguém. Por vezes, o maior perigo esconde-se entre nós: os vivos! 
Vivemos numa constante tensão onde a violência já se tornou o prato do dia. Cheguei ao ponto de uma decadência moral em que já nem sei o que é certo ou errado, em que não mexe comigo que a minha sobrevivência dependa da morte de alguém. É assim que o Mundo está hoje: num egoísmo extremo, numa cegueira, num campo de batalha onde já nem se sabe quem são os bons ou os maus. E pela primeira vez: eu tenho medo!

Durante cinco anos, ao longo de cinco temporadas, vivi esta história como se fosse minha. A sexta temporada de The Walking Dead, uma das séries mais vistas por todo o Mundo, estreia hoje, dia 12 de Outubro, na FOX. Nestes próximos 16 episódios, aqueles que mais protegiam os seus serão os primeiros a pegar numa arma e matar: serão alvos os mortos ou os vivos?