“Sê plural como o Universo” é o mote dado à exposição dedicada à vida de Fernando Pessoa, patente até ao dia 30 de Abril no edifício sede da Fundação Calouste Gulbenkian, e que é obrigatória para quem admira a obra deste autor. Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Bernardo Soares abrem as hostes de uma exposição que é íntima do universo de Fernando Pessoa e que apresenta, de forma interactiva, as palavras deixadas pelo poeta. A multiplicidade de escritos que constituem a sua obra e a cronologia dos factos da sua vida complementam-se com uma viagem sensorial pelo mundo de Pessoa sem deixar de aludir, também, ao Modernismo.

Sendo tão fácil de nos apaixonarmos pela poesia de Pessoa, a apropriação das palavras que deitou ao mundo, quer através dos seus vários heterónimos, quer através das suas múltiplas personalidades literárias, faz-se de uma forma natural, quase como se nos pertencessem desde sempre. A identificação pelos estados de alma embutidos na sua escrita é, aliás, ponto comum a quem a lê.

Se vale a pena?

 "Tudo vale a pena se a alma não é pequena.”