Há muito tempo que o Eleven fazia parte do meu imaginário.

Ao entrar, o anfiteatro sob a cidade é de tirar a respiração. Durante o dia, se perdermos os sentidos, sobrevoamos mentalmente a cidade, saímos do Parque, descemos a Avenida, do Marquês aos Restauradores, do Rossio ao Terreiro, subimos ao Castelo e por fim perdemo-nos no rio.

O Eleven é uma criação de 11 amigos, apostados em ter na cidade de Lisboa um restaurante de nível mundial. Um desses amigos é o seu chefe Joachim Koerper.

Num edifício de arquitetura moderna situado ao cimo do parque Eduardo VII, o Eleven pretende ser uma combinação entre uma vista deslumbrante, um espaço de grande bom gosto e modernidade e um chefe de topo mundial.

Na ementa várias propostas de menus de degustação, sendo o topo, o menu lavagante em que todos os pratos têm a presença do nobre crustáceo.

Ao almoço, é possível optar pelo business menu, um menu de três pratos a um preço mais baixo do que os outros.

Para começar fiquei-me pelas entradas do chefe que estavam ótimas.

Para prato principal optei pelo tornedó “black angus” que não me encheu as medidas, e assim não resisti ao brownie para a sobremesa, que não sendo o melhor que já comi na vida, cumpriu a tarefa de confortar o meu desalento anterior.

Em relação ao serviço, não me vou alongar muito, apenas dizer que um sítio como este exige um serviço de grande nível, o que não aconteceu, e isto, apesar do restaurante estar vazio, e vazio significa, hora de almoço de uma sexta-feira em que a única mesa ocupada era a nossa! Sem grande especulação, compreendo com alguma tristeza, porque razão a estrela Michelin voou do Eleven para não voltar mais.

No final ficou aquela sensação terrível de ter pago muito por nem tanto.

Artigo publicado originalmente em http://www.foradaminhacozinha.com