O Vodafone Mexefest 2012 tem alguns pontos altos - os Django Django tocam a meio da avenida mas são a banda de hoje que melhor projecta o amanhã - mas é sobretudo a regularidade das propostas que torna o cartaz atractivo.
Sem delimitações territoriais nem demasiadas restrições geracionais, o festival mais quente do Inverno exige a escolha de uma equipa inicial que, consoante as circunstâncias do momento, pode exigir alterações. Sendo certo que a sala do Tivoli deve estar esgotada antes das 22h45 de sexta-feira para ver os Alt-J e sábado é bem provável que uma parte do público não mova o rabo da cadeira. Às 21h30, Michael Kiwanuka traz soul à Avenida e uma hora e meia depois são os Django Django, deste trio a proposta mais estimulante graças a um álbum homónimo de fragmentos pop criados por uma banda que, como poucas, escolhe o álbum diário na sua página de Facebook.
Alt-J, Kiwanuka e Django Django formam o trio de manchetes do festival mas, de todos os músicos que vêm a Lisboa propositadamente, James Iha é aquele que sabe melhor o que é ser uma estrela rock. O antigo guitarrista dos Smashing Pumpkins e o derradeiro a abandonar o barco de Billy Corgan antes do naufrágio total vem sozinho com as canções de um segundo álbum ao qual ninguém ligou. É bem provável que quem passe pela Casa do Alentejo no sábado pelas 22h30 não procure mais do que as rugas do guitarrista que fez parte de uma das maiores bandas de rock dos anos 90 e se cansou do carácter irascível do líder dos Smashing Pumpkins.
James Iha - To God Knows Where
O Vodafone Mexefest é intencionalmente um palco de descoberta, o que não significa que uma segunda linha mediática da pop não esteja bem representada. Nesse quadrante estão perfilados na sexta-feira os Madrid, de Adriano Cintra (Cansei de Ser Sexy) e Marina Gasolina (Bonde do Rolê), pelas 22h05 no Cabaret Maxime, Christopher Owens, o líder dos Girls agora a solo (23h00 na Casa do Alentejo), o regressado após longa ausência Cody ChesnuTT ((23h25 na Estação Vodafone FM do metro do Rossio), os 2 Bears de Joe Goddard dos Hot Chip (23h45 no Ateneu Comercial) e Little Boots (00h20 no Cinema São Jorge). O after é no Cabaret Maxime com Trus'me às 02h00.
A estreia a solo de Christopher Owens
A armada portuguesa promete competir em motivos de interesse. Samuel Úria e Manuel Fúria vêm apresentar novos álbuns a editar em 2013. Grande Medo do Pequeno Mundo (título genial) e Manuel Fúria Contempla Os Lírios Do Campo conhecem antestreia, respectivamente, no Teatro Tivoli pelas 21h00 e no Cinema São Jorge às 22h20. Entre os dois concertos, hora de subir a temperatura com o Cais do Sodré Funk Connection às 21h30 na Estação Vodafone mas o prólogo do festival é com a frágil e aveludada Elisa Rodrigues às 20h45 na Sociedade de Geografia. Às 21h20, os Virgem Suta apresentam-se em duo na Casa do Alentejo e à mesma hora que se ouve funk e disco na estação do Rossio, os Quais fazem como Pedro Álvares Cabral e percorrem o Atlântico em direcção ao Brasil com as canções de Pop É o Contrário de Pop. Para fechar a sexta-feira em transe, os Gala Drop partem do Cabaret Maxime (00h30) para um destino que está na mente de cada um. No autocarro, atenção ao sobe e desce das Anarchicks, a riot girl band que vai dar que falar em 2013.
Gala Drop no extinto Planeta Música
Sábado, a fórmula repete-se com uma segunda vaga mais voltada para a dança com a áfrica ocidentalizada de The Very Best (23h30 na Estação Vodafone), o sonho darkwave de Grace Jones dos Light Asylum (00h05 no Ateneu Comercial), a renovação disco dos Escort (00h25 no Ritz Clube), a pop rasgada dos Ms Mr (00h50 na Estação Vodafone) e o mestre do house Moodymannem regime de danceteria no Cabaret Maxime às 02h00.
Moodymann - I Can't Kick This Feeling When It Hits
A excepção a esta maioria electrónica são os Efterklang que trazem ao Cinema São Jorge (00h15) o fresquíssimo Piramida.
O showcase da Enchufada com Voxels, Branko, Pocz e Pacheco e o incendiário DJ Marfox, marcado para o Cabaret Maxime das 23h00 em diante, está aí para defender a tendência dominante de um sábado de noite que se espera de febre corporal na rua e não na cama.
A selecção nacional volta a ser digna da camisola. A Roda de Choro de Lisboa oferece um shot de café no Starbucks às 19h30 para uma noite que tem Vitorino Voador (20h30 no Altis Avenida Hotel), Aldina Duarte e Júlio Resende (20h40 na Igreja de São Luís dos Franceses), The Soaked Lamb (21h30 no Cinema São Jorge), Batida (22h00 na Estação Vodafone FM) e Noiserv (22h20 no Cinema São Jorge). As Anarchicks voltam a pontuar o vaivém do autocarro.
O festival termina em regime de desinstitucionalização com uma visita ao antigo Ministério da Finanças, agora transformado numa discoteca chamada Ministerium por onde vão passar entre as 23h00 e as 05h00 os DJs Inês Duarte, André Cascais e Move D. Toca a mexer.
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Bom título para o festival que, como alguém dizia, é o mais bonito da cidade! :)
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