Guardo comigo uma mão cheia de Londres. Acabada de chegar da minha quinta viagem a esta cidade, constato que o vício de a visitar continua comigo, e de igual saúde, desde que a percorri pela primeira vez. Apesar do clima algo sem graça e a roçar o incómodo nas estações mais frias do ano, consigo encontrar em Londres um certo calor emanado da sua vida multicultural, do seu comércio trendy, da sua história, dos seus concertos, dos seus espaços cool repletos de boas idéias que nos enchem de vontade de as trazer na bagagem para Portugal.
Gosto particularmente da margem sul do rio Tamisa. Não só porque é uma alternativa de passeio aos locais mais mainstream da cidade, mas também, e essencialmente, porque considero que vale a pena conhecer uma Londres que se afasta do reboliço do seu centro mas que se mantém suficientemente perto para que este nunca se afaste de vista. Por isso, a incursão pelo lado de lá da cidade esteve sempre presente nos planos desta visita e uma vez mais não me desiludi.
Comecei por passar a Tower Bridge despedindo-me da margem norte à medida que me entrelaçava com o cinzento e azul desta ponte. Umas pausas para fotos e para aconchegar o cabelo, que se desalinhava com o vento forte, fizeram com que esta passagem demorasse o tempo suficiente para admirar a arquitectura de ambos os lados do horizonte.
Já do outro lado do rio virei à esquerda para ir ao Design Museum, um espaço pequeno, mas muito interessante do ponto de vista das suas exposições e da sua loja, detentora de uma oferta de objectos capazes de deliciar os amantes do design e de aliviar, perigosamente, o peso da carteira ou do plafond do cartão.
Depois deste museu, pus-me a caminho de outro museu da cidade, a Tate Modern. Depois de uma saudação ao City Hall continuei pela marginal embrenhando-me nos espaços amplos e de arquitectura moderna, ideiais para um passeio calmo e relaxante. A proximidade com o rio permitiu-me ir espreitando a outra margem, majestosamente ocupada pela imponente torre 30 St Mary Axe um dos landmarks arquitectónicos desta cidade.
Uma pausa no Borough market é imperiosa. Este mercado de frutas, vegetais e gastronomia internacional que se realiza de 5ª feira a sábado, é uma verdadeira delícia para os sentidos tornando o acto de escolher o que comprar um verdadeiro suplício tal não é a agradável aparência dos alimentos expostos. Com muita saída estavam os “natas”, os nossos bem conhecidos pastéis de nata. Depois de algumas indecisões, trouxe na minha mala uma meat and cheese pie que tornou o lanche desse dia uma verdadeira incursão pelo tradicional.
Ainda antes de chegar à Tate, cruzei-me com exposições de rua e com outros retratos de uma vida urbana que caracteriza a cidade e que nos faz envolver com ela.
Eis que a Tate chega finalmente, mesmo de frente à Millennium Bridge, e o seu interior, para que seja convenientemente explorado, acaba por me roubar umas horas ao dia. Mas este tem 24 horas e cada minuto pede para ser aproveitado, por isso a próxima visita impunha-se na agenda diária ou não fosse esta ao London eye. No seu encalçe ainda passei pela Oxo Tower cujo terraço permite vislumbrar a outra margem do rio e outros caminhos que nos fogem à vista. Desta vez não subi. Já a chegar ao London eye encontrei a rua animada e a albergar um mais que esperado aglomerado de pessoas. Torci o nariz mas, ainda assim, não fui demovida de ver Londres a partir do céu. Da experiência da viagem a 360º, resultaram inúmeras fotografias. Deixo uma para ilustrar a sensação de viajar ao sabor de uma roda gigante.
O regresso à outra margem foi feito pela Westminster Bridge acareando o Big Ben, mais dourado do que nunca pelo sol que, entretanto, se punha.
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Está bastante bom sim:)
Também tenho umas boas fotografias de Londres quando lá fui o ano passado:) É uma cidade sem dúvida WOW, a multi-culturalidade, o clima típico, a vivência diária....O chocolate quente pela manhã quando se vai para o metro. Sem dúvida que me apaixonei quando lá fui e é sem dúvida para repetir.
Um dos meus locais preferidos foi Candem Town...é um local "mainstream" sim, mas é sem dúvida alguma um mundo à parte que só mesmo lá indo é que se vê:)
Ver se em Setembro Paris irá me surpreender novamente....:)
Rita, esse é o meu passeio favorito em Londres!
O mês passado fi-lo mas ao contrário, de Westmister para a Tate - deixei um regresso ao Museu do Design para outra vez. Ainda são uns quilometrozinhos...
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