O Povo Lisboa celebrou, no passado dia 15 de Novembro, um ano de actividade e programação própria, assinalado com o regresso de todos os fadistas que ao longo deste tempo marcaram presença nas noites mais típicas da Rua Nova do Carvalho.

Inês Pereira, Elisabete da Veiga, Bruno Fonseca, Sérgio Silva, Cláudia Duarte, Sara Coito e Jorge Baptista da Silva foram os nomes que, ao longo do ano passado, passaram pelo palco informal, em noites marcadas pelo encontro e tertúlia entre os amantes da cidade de Lisboa. E, se a verdadeira alma Lisboeta reside profunda e verdadeiramente na sua canção maior, o POVO tem sido porta de entrada para o Fado no Cais do Sodré, num exercício que pretende ser um desafio de imaginação e actualidade em torno deste nosso Património Imaterial da Humanidade. Através das residências artísticas que promove a cada mês e meio, um jovem intérprete é convidado a apresentar o seu trabalho e desenvolver um repertório artístico original. Todos os domingos, terças, quartas e quintas, os fadistas residentes têm a oportunidade de fazerem um trabalho exploratório no qual se cruzam com músicos oriundos de diferentes universos musicais. Um diálogo que fica, posteriormente, registado na gravação e edição de um “Disco do Povo”.

A “apadrinhar” este projecto estão Sidónio Pereira e João Penedo, dois conhecidos e virtuosos tocadores de guitarra portuguesa e viola-fado, que têm sido companhia constante dos diferentes artistas residentes, e Nuno Miguel Guedes, escritor e jornalista.

Às novas vozes compiladas em CD, juntar-se-ão, em breve, novas palavras, através do lançamento do Concurso de Novos Letristas. Destinado a autores não publicados, pretende-se que esta iniciativa dê continuidade ao trabalho de renovação iniciado com as residências artísticas, fazendo surgir uma nova geração de poetas de Fado.

Inspirado num conceito de tasca portuguesa, o POVO tem sido espaço para um regresso à boa comida típica portuguesa, donde bebemos os sabores, especiarias e culturas. Pelas mãos do chef Fábio, este restaurante-bar propõe um regresso ao tradicional petisco lisboeta e português. Pelo cardápio, que é reformulado a cada mês, poder-se-ão encontrar moelas, pataniscas, ovos verdes, peixinhos da horta, salada de polvo ou de orelha, entre outras iguarias confeccionadas com a simplicidade e frescura de uma cozinha sem pretensiosismos.

O povo está aberto todos os dias entre as 12 e as 2 da manhã, funcionando em horário alargado (até às 4) nas noites de sexta, sábado e véspera de feriado. A noites de fado acontecem todos os Domingos, terças, quartas e quintas às 21h30.http://www.povolisboa.com/