"Aqui nasceu Portugal", pode ler-se na muralha, ainda de pé, no Largo do Toural, no Centro Histórico de Guimarães. Apesar de se contar entre as povoações mais antigas de Portugal (então, ainda Condado Portucalense), Guimarães não ficou presa às glórias do passado e mostra-se uma cidade cheia de vida (social, cultural, artística, académica, ...) que soube conciliar da melhor forma património e actualidade.

O facto de a cidade constar como Património da Humanidade é já motivo suficiente para justificar uma visita. O belo Monte da Penha, com o seu teleférico, proporciona momentos calmos no meio do bulício constante da cidade e uma agradável vista sobre a mesma. O centro histórico da cidade faz-nos recuar no tempo e sonhar com reis e princesas, numa atmosfera de puro revivalismo. No entanto, 2011 é um ano decisivo para a cidade, visto que no próximo ano receberá a Capital Europeia da Cultura (mais pormenores das actividades em curso aqui). Diversas áreas da cidade sofrem, neste momento, intervenções de requalificação, começando pelo Castelo e Paço dos Duques de Bragança, seus marcos históricos de maior relevo, e passando por pontos fulcrais como os Largos do Toural e da Oliveira, centros da sua vida social.

Além disso, o investimento constante na vida cultural de Guimarães reflecte-se em um sem-número de iniciativas nos diversos museus, centros culturais, oficinas e espaços abertos da cidade. As festividades tradicionais da zona são também um ponto alto, atraindo centenas de turistas de todas as nacionalidades. As mais conhecidas são as Festas Gualterianas, em honra de São Gualter (celebradas no primeiro fim-de-semana de Agosto) e as Nicolinas, de 29 de Novembro a 7 de Dezembro, organizadas pelos estudantes masculinos do Liceu de Guimarães (embora, actualmente, toda a comunidade participe das mesmas).



A presença dos Pólo da Universidade do Minho e da Escola Superior Artística do Porto na cidade torna-a ainda um destino apetecível para membros das comunidades académicas nacionais e estrangeiros.
A juntar a tudo isto, a diversidade de estabelecimentos de restauração (que oferecem desde a tradicional gastronomia portuguesa até às melhores e mais recentes criações de chefs reconhecidos), de diversão e convívio (diurnos e nocturnos) e de oferta de alojamento dotam Guimarães de todas as comodidades desejáveis.
Segundo o New York Times (e a minha opinião pessoal), um dos 41 locais a visitar obrigatoriamente em 2011!