Para além do marco histórico criado pelo famoso "Leão da Estrela", o Jardim da Estrela é um dos mais belos e bem cuidados jardins de Lisboa. Situa-se na Freguesia da Lapa, este jardim tem 5 entradas, 2 saídas e está totalmente delimitado por gradeamento e portões em ferro forjado. Contem ainda 2 parques infantis, um jardim-de-infância da Santa Casa da Misericórdia, um quiosque da Biblioteca Municipal e um coreto em ferro forjado, base de canterina e motivos indianos nos desenhos dos arcos e das colunas.
O Jardim da Estrela foi plantado pelos jardineiros Bonard e João Francisco, criando densa vegetação, canteiros bordados de flores com plantas variadas, três lagos onde passeiam cisnes e se vêem plantas aquáticas raras, uma gruta artificial e várias estufas decoradas com um friso de azulejos caricaturais de transição do séc. XVII para o séc. XVIII.
Existem vários tipos de árvores no Jardim da Estrela, tais como o Choupo, Carvalho-Nacional, Castanheiro, Palmeira, Pinheiro Bravo, Plátano, Cana-da-India, Dragoeiro, Nogueira, Oliveira, Cedro, Araucária, Salgueiro, para além de uma enorme diversidade de espécies de flores tais como a Rosa.
O jardim possui ainda vários elementos de estatuária tais como a Fonte, Antero de Quental, Busto do Actor Taborda, a Filha do Rei Guardando Patos ou a Guardadora de Patos (localizada no meio de um dos lagos do jardim), o Cavador e o Despertar, existindo ainda uma escultura em madeira junto a uma das entradas que dão para a Avenida Pedro Álvares Cabral, denominada Tronco Esculpido, efectuado a partir da parte inferior de um tronco de árvore.
História do Jardim da Estrela
Foi construído em 1852, sobre o Largo da Estrela, local onde existiam uns terrenos rústicos que pertenciam a António José Rodrigues, que viriam mais tarde a ser ocupados pelo Jardim da Estrela. Na altura, só existia o Passeio Público, que era mais uma alameda do que um parque, sendo esse o motivo que levou à sua construção.
A ideia do Passeio da Estrela é atribuída a António Bernardo da Costa Cabral, Conde de Tomar e Ministro do Reino, em 1842, mas entretanto, os terrenos foram à praça, e o Estado adquiriu-os. O processo prático, sob o ponto de vista financeiro, era o seguinte: Estado adiantava os fundos, e, em rigor, ficava com o seu encargo. A Câmara tornar-se-ia donatária do terreno.
Manuel José de Oliveira, Barão de Barcelinhos concordou com a ideia, e entrou com cinco contos de réis, pois pretendia agradar a Costa Cabral e ao Presidente da Câmara. Foi com este donativo que se compraram ou se expropriaram os terrenos de António Rodrigues, entregues à Câmara em 18/7/1842, e se fez face às primeiras despesas com a terraplanagem. Foi o primeiro passo para o Passeio da Estrela.
Vieram as lutas liberais entre 1844 e 1847, e a ideia do Passeio da Estrela parecia desvanecer-se. Posteriormente, Joaquim Manuel Monteiro, comerciante português no Brasil, apaixonou-se pela ideia do jardim e ofereceu quatro contos de réis que foram depois elevados para 4757 réis e entregues na Inspecção Geral das Obras Públicas, levando a Câmara em 1850 a recomeçar as obras.
Derivado ao esgotamento do dinheiro, a Câmara, expôs à Rainha D.Maria II a situação: "Só havia dinheiro para duas semanas de férias do pessoal, a obra não podia parar, o Governo comprometera-se a subsidiar, e a Câmara não via sinais de satisfação do compromisso. Sua Majestade que se dignasse intervir no assunto por intermédio da Fazenda Pública."
A Rainha sentiu-se no dever de corresponder ao apelo da sua nobre e leal cidade, e o dinheiro apareceu.
O Jardim foi aberto à população em 3/4/1852, vindo a tornar-se na atracção principal de Lisboa que não conhecia cinemas, tinha quatro ou cinco teatros e alternava os seus divertimentos entre a Praça de Touros do Campo de Sant’Ana, o Circo Prince e os Recreios Lisbonenses.
Desde 1870, em tardes ou noites de festa, o Passeio da Estrela foi um mundo alfacinha em ebulição. Tornou-se frequentes as festas de caridade, promovidas por senhoras de alta sociedade com as suas quermesses e tômbolas, luminárias de tijelinhas, músicas regimentais, as corridas de velocípedes, os fogos-de-artifício e, por vezes, as iluminações feéricas que fizeram parte dos sonhos e divertimento do estilo de vida lisboeta até ao final do sec. XIX.
Hoje, o jardim encanta-nos com a sua variedade de flora e fauna, deixando deslumbrados todos os visitantes que desejam conhecer o Jardim da Estrela, sendo uma óptima paragem para um passeio agradável no agitado centro urbano de Lisboa.
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