Já foi a responsável por todo o abastecimento de água em Lisboa. É palco de actividades culturais. Misto de qualidade arquitectónica e função utilitária, o monumento possui um palco flutuante que já deu que falar…


A Mãe D’água das Amoreiras foi o primeiro grande depósito de água de Lisboa. Projectado pelo arquitecto húngaro, Carlos Mardel, a sua construção sofreu atrasos. Nessa altura, era prioritária a reconstrução de Lisboa, após o terramoto de 1755.
O projecto só viria a ser terminado em 1834, sem que o homem que o idealizou o pudesse admirar. É que Mardel faleceu 70 anos antes da sua conclusão.


No interior do monumento encontra-se uma cascata e uma arca de água, com sete metros de profundidade. Suporta cinco milhões e meio de litros de água. No século XVIII podia abastecer uma população de 250 mil pessoas. Agora, a sua capacidade resume-se apenas a cerca de quatro bairros de Lisboa.
Ligada ao monumento existe a Casa do Registo, local onde eram verificados os caudais que percorriam as galerias subterrâneas até aos chafarizes e casas nobres.
Esse espaço é agora utilizado para actividades culturais. Para além da exposição permanente que alberga, realizam-se ainda concertos, bailado e teatro.


Mesmo para os que ainda não conheciam o interior da Mãe D’água, a oportunidade chegou, vinda do estrangeiro. Com a gravação do videoclip “boiler”, dos Limpbizkit, o reservatório chegou aos ecrãs. As luzes, a música e a criatividade da dança, num cenário oscilante, dão a este palco uma nova vida.

Aproveite para fazer uma visita guiada. Percorrer o Aqueduto das Águas – livres e terminar no depósito das águas. Um passeio que vale a pena, nem que seja pela vista cá em baixo. No final da jornada, será como voltar a casa, para o conforto da mãe. A mãe de todas as águas.