Junto à vila de Alpiarça existe uma placa que indica passarem por ali três rotas: a do cavalo, a do touro e a do vinho. Os turistas que andam por aquelas paragens, especialmente os estrangeiros em busca da realidade portuguesa, apreciam as tendas montadas à beira das estradas onde os emigrantes que aqui vieram "matar" saudades, compram melões, melancias ou hortaliças.

Na maior parte das margens do rio Tejo, acontecem as actividades ligadas à chamada festa brava e localizam-se as boas casas produtoras de vinho. Mesmo que nas lezírias ribatejanas já não se vejam campinos vestidos a rigor, a encaminhar os touros bravos, eles ainda existem e em momentos próprios envergam a fatiota.

Os cartazes que anunciam touradas ou feiras de gado na Golegã, Santarém ou em Salvaterra de Magos estão espalhados ao longo das estradas e as grandes festividades fazem reviver muitas das tradições locais. Apesar da contestação de alguns, a tourada ainda é um marco das principais comemorações estivais.

Em Salvaterra, na Casa Cadaval, por exemplo, o visitante poderá participar numa prova de vinhos, montar a cavalo, para além de outras experiências próprias da cultura da região. Para quem gosta de passeios pedestres há, também, por onde escolher, com caminhos bem sinalizados. Tal como as praias fluviais que bordejam o rio Tejo.

Neste mês de Agosto, de confraternização e de companhia da família, o emigrante tira todo o proveito. Também o turista que visita Portugal e, especialmente esta região do país, não perde o seu tempo e, daqui, leva as melhores recordações de um povo acolhedor e de uma simpatia sem igual.