Pós terminar a minha segunda produção rumei três dias a Paris. Descobri sem querer uma cidade que trocaria p'lo nosso país. Eu amo destinos que me incendeiam, com cores e calores. Paris fez me acabar com essa teoria. Ali sim eu vivia! Ali sim descbri que também se amam cidades, estradas e cafés. É Paris!

Até que enfim na cidade luz! Chego arrepiada e com um certo frenesim dentro de mim. Ainda mesmo antes de chegar ao hotel, percorro vinte quilómetros dentro de um táxi metalizado e novo. Olho colada para a janela para tudo. Esqueço-me de quem vai a passar por ali. Que cidade linda, que desejo em te conhecer. Exclamo baixinho para dentro de mim: Estás aqui!
Tento abraçar tudo com os olhos, pergunto: O que é aquilo!? A Igreja tal, o monumento x's. Aqui logo ao virar da esquina, temos histórias para ver, histórias para contar, retornar ao antigo mas tudo tinha um estranho aspecto de novo. Nunca se sabe o que te espera no final de uma Rue ou Boulevard. Não sabes. Nunca sabes!

Percorro os Champes Elysées. Vou de encontro directo aos meus tios. 'Milhares de gentes' de todo o lado, canto e esquinas. Janto no 'Entrecôte de Paris' e começo escrever. Ninguém fuma em lado algum. Pago e saio para a rua novamente. Ainda não consegui fazer mais nada, se não contemplar tudo! Tudo aqui é enormemente grande, embelezado com mínimos pormenores, minimamente mínimos. Aos milhares são as cores. Nada fica em branco ou escuro por mais de cinco segundos! A cidade é terrivelmente linda e linda é noite e a sua bohéme tem mais encanto!

Vagarosamente chego ao Arco do Triunfo e parece mais pequeno do que o imaginava. Entro no Metro dans la ligne rouge e cheira-me mal. O metro é péssimo e rápido. Vislumbro o Grand Hotel De Paris. Entro e tomo um café. Os pés gelados da pedra negra, rapidamente são aquecidos. Relaxo, quase adormeço nas poltronas majestosas que me intensificam as emoções pelas suas mil velas acessas! Bêbada de sono em jeito de brincadeira ligo à minha mãe: 'Mummy mudei o meu conceito de vida. Não quero mais uma carreira de sucesso e grandes louros profissionais. Não! Vou casar com um velhote rico, para estar sempre em Paris!'Claro que foi a brincar mas apetece-me ficar cá. E nada ainda está visto, foi um pequeno, muito pequeno primeiro dia. Amanhã Rive Gauche espera-me.

 


10h00 da manhã e já tinha o pequeno-almoço tomado. Depois de esquematizar o percurso, saio em direcção à Madeleine. Antes de começar o dia, que ainda não se adivinhava, mas seria todo ele a andar, paro no café de ‘La Paix’ conjugado ao hotel do mesmo nome. Por quatro cafés o meu tio desembolsa 24€, mas como deixou gorjeta (algo que nunca se deve fazer pois já está 15% incluído na conta) o mêtre esboça um ganancioso sorriso e lá nos trás os copos de água. Bem mas também faz parte destas viagens excessos!


Uma chuva tola anunciava que nos iria perseguir o dia todo.
Inicio a primeira paragem: A linda Place Vandôme. No centro uma enorme esfinge esverdeada e por todos os lados requinte. Aí se encontra o Ritz, Dior, Rollex, Cartier em grande, e agora piada fácil, e á francesa! Como bela turista, tiro fotos a tudo e vergonhosamente ainda sem máquina digital.
Chego as enormes e claras arcadas da Place Concorde, que divide as margens com uma gigantesca roda gigante. Quero ir para lá do Sena. Passo a mais bela ponte do rio, zangado e sujo, e eis o meu destino: La Rive Gauche!
Dizem que é para lá se muda o charme de Paris. Animados mercados e ruas mais estreitas, mil cafés apinhados, apinhados de tantas mil nacionalidades, com empregados que são extremamente simpáticos e cívicos. Mesmo a chover há gentes na esplanada, que acolhem quem quer descansar as pernas. Mesas minhones com pequenas cadeiras de palhinha. Em Paris nada destoa.

Estava na zona residencial da cidade. Subo aos Invalides onde Bonaparte regressou, sendo o maior Museu da História Militar do Mundo. Desço até ao D’Orsay mas as filas de três horas não me permitem entrar. Os seus enormes relógios anunciam a hora de almoço. Como qualquer coisa e tento ir até St-Geramain.
Quero conhecer tudo o que puder de fora para gráfitar o que felizmente já eu sei decore da aulas de história. Entro na maior Boulevard, ao lado Raspail, perto o Quartier Latin onde se situam grandes universidades como ‘La Sourbone’.
Miro de longe pequenas galerias, antiquários, livreiros de rua, e boutiques, cada uma feita para a sua especialidade, nada se mistura, nada mesmo, a não ser eu, que tento reter tudo na memória!
Digo até já a esta parte tão cosmopolita e intelectual, da cidade. Talvez por isso, Kenzo, Armani, Vuitton tenham, agora, os seus ateliers, porque lá sim, respirei uma atmosfera artística, com um ritmo de vida bem mais brando.
Entro no metro sem ter noção do que andei. Só agora é que me apercebia de tal loucura! Quilómetros sem fim. Não esgotada de tanta passeata a aventuro-me nos Printemps onde faço as primeiras compras e encho-me de glamour. Fantásticas montras com direito a musica e assinatura dos mais renomeados nomes de moda e a cidade luz fica ainda com mais brilho. Assim sim, percebo o conceito prazeroso de ser consumista. Boa tarde Master Card!

 

Último dia e ainda viajo por toda a cidade. Desta vez de autocarro. O Sena e as suas mil pontes cada uma mais deslumbrante que a outra, Montmarte a convergir todas as formas stylizadas de arte. A vertigem de Eiffel com o Louvre a seus pés, os pormenores de cada rua, a planície da cidade que nos deixa calcorrear os seus históricos becos sem que eu acuse cansaço e apenas mais e mais ânsia!

Todos os cafés convidam a entrar e ao virar das esquinas e lá estará a elegância e o bom gosto a cumprimentar-nos
Não fosse Paris a capital da moda a irresistível vontade de comprar e comprar, o glamour expande-se e tudo é mágico!
Difícil, difícil foi escolher, ficar menina debaixo do Arco do Triunfo, contemplar a magnitude dos Champs Elysées, arrepiar-me com Notre Dam, a Ópera, a Basílica de Sacré Coeur, a Bastilha, não me posso esquecer da Bastilha e Versailles!
Não é difícil traduzir tudo isto em cheiros, sensações e emoções. Fico aqui sentada a porta do aeroporto, a sonhar como uma pequena parola, como qualquer uma que se senta numa das margens do Tejo a escrevinhar, o que apenas vê em prospectos de agência e suspirando mais um bocadinho, com barquinhos e pares românticos!

Oui, Paris je t’aime!
E.
 

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Comentário de Antonio em 19 Fevereiro 2011 às 21:11

J'adore Paris!

Free People January from FreePeople on Vimeo.

Comentário de Pedro Bretes em 19 Fevereiro 2011 às 21:02

Parabéns pelo artigo. Gostei muito.

Se gostas de Paris, dá uma vista de olhos a estas fotos

"Paris Notre-Dame et le pont Saint-Michel"

"Paris la Cité de la Mode et du Design quai d'Austerlitz"

 

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