Quem nunca pensou deixar a vida rotineira da cidade para trás?

Para muitos este é apenas um sonho. Para outros torna-se realidade.

Optam por viver na estrada em nome da liberdade. Este é o perfil dos amantes da música electrónica.

Muitos são os que seguem a cultura trance.


Andam em busca de uma transformação espiritual através da música, dança e da natureza.

São pessoas que sentem presas à sociedade. Perseguem incansavelmente a liberdade.

"Este mundo” teve origem no movimento psicadélico dos anos 60, espalhando a mensagem PLUR ( peace, love, unity, respect). Os festivais são espaços de encontros e troca de culturas entre os seguidores do trance. Procuram o sentimento de unificação com tudo o que os rodeia e a paixão pela natureza e todas as coisas vivas. Não estão contra a sociedade mas ao lado, deixando de ter a rotina comum do dia-a-dia. Optam por viver o amor pela música na estrada, deixando a cidade.

Este nómadas do XXI vivem em grupos e têm autocaravanas para transporte das pessoas e material sonoro.

O sentimento entre eles é mútuo... a paixão pela música e pela liberdade, sendo a primeiro elemento principal da viagem e da suas vidas. Como meio de sobrevivência trabalham no campo e artesanato. O dinheiro que ganham é partilhado na comunidade sendo essencialmente para pagar a gasolina, comer e ir para as festas. Mantendo uma vida onde o ideal democrático é substituído pelo comunitário.

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Comentário de Bruna Pereira Cabral em 29 Janeiro 2014 às 12:21

Não posso deixar de dar a minha opinião como uma jovem adolescente :

Desde muito pequena que sou fascinada por esse estilo de vida, acho que depende muito da educação que levamos , e da vida que os nossos pais tiveram . 
A sociedade ensina-nos a sermos mais uns bonecos na mão deste  sistema , depois vêm com a conversa dos valores morais , não podemos esquecer que pelo menos 18 anos da nossa vida têm de ser "perdidos" na escola , (de modo a que nos consigam moldar a esta sociedade ) , e ou a pessoa ganha uma vontade própria de abandonar tudo isso (por achar que a vida não pode ser só isto) , e começa a procurar estilos de vida alternativos, ou simplesmente a pessoa  sujeita-se e deixasse levar pela vida . 
Eu lembro-me de conversar com pessoas que vou conhecendo , e ter uma enorme necessidade de lhes falar de estilos alternativos e eles apenas me perguntarem com alguma ignorância : mas o que é isso? as pessoas vão viver para a aldeia ? (comunidades) são tipo sem-abrigo ? (nómadas) .
E eu cada vez mais vejo , que as  pessoas sentem alguma repugnância porque não há conhecimentos.

Felizmente , os meus pais na sua adolescencia tiveram oportunidade de sentir o sabor da liberdade , e nunca tiveram problemas de me dar a conhecer esse mundo . 

Bem , para concluir , a todos os país : apoiem os vossos filhos , não adianta ralhar nem proibir (o fruto proibido , é sempre o mais apetecido ) , tenham conversas com eles, porque eles precisam sentir que alguém acredita neles.

A todos os outros , acreditem no futuro , nos jovens e no ENSINO ARTÍSTICO , (visto que agora o estado quer acabar com a António Arroio, já falam em privatizar , já acrescentaram mais um exame , não falemos dos horários ...) E não critiquem só , tentem abrir a mente deste gente  ! O mundo é assim porque a humanidade o tornou assim , a principio  eles eram felizes com aquilo que a natureza lhes dava . E o conhecimento , e a ganância , fez o funeral da Terra . 

Comentário de Ricardo Campos em 19 Julho 2011 às 20:03

Joana, o estilo rastafari não tem própriamente a ver com este estilo de nómadas....os rastafari são pessoas amantes da natureza, que prezam aquilo que ela lhes dá...gostam normalmente mais de músicas do mundo, onde o reggae é predominante. Sim, muitos deles optam por fumar "charros", mas nem todos o fazem. O ser rastafari é respeitar o que a "mother nature" oferece, estar em paz com todos, fazer algo de bom para uma comunidade ou para que o mundo dê um passo à frente.

Este tipo de nómadas que refere o artigo é uma comunidade que vive na estrada....sempre em busca de novos festivais, raves, etc...tudo o que trouxer música trance/ electro/ dub/ drum&bass...vivem para curtir a música, para soltarem o seu espírito natural.....só porque muitos têm barbas grandes e rastas....não quer dizer que sejam rastafaris.:)

Comentário de Ricardo Campos em 19 Julho 2011 às 19:57

Bom, gostei.

Passar por um pouco deste espírito nem que seja apenas umas semana, onde se larga tudo aquilo que nos liga à sociedade dita "normal" e entramos numa "sociedade" diferente. Tive uma uns 15 dias assim no verão passado....e é sem dúvida um experiência muito boa:)

A preocupação é quase nenhuma, o ambiente é sempre o melhor sempre o "chill"...o que se quer é curtir a música e estar na boa consigo e com os outros:) 

Comentário de Joana Schmidt Costa em 1 Julho 2011 às 17:48

Tenho alguns amigos rastafaris. Sob aquela fachada de fraternidade, comunidade e paz, estão imensos ressacados.

Drogas são uma constante. A variável é haver ou não dinheiro.

Como opção de vida...é uma opção. Respeito mas não, obrigado. :)

Comentário de André Bento em 1 Julho 2011 às 12:51

Adorava ter nascido nos anos 70 e poder ter vivido esta convivência entre o espirito de mutuo respeito e a abdicação de tudo que é moderno, sendo supérfulo para o bem estar natural da comunidade, acho que que é de louvar a atitude deles, pois é necessário ter consciência de que vão abdicar de uma vida rotineira em que a vida lhes proporcionará um, desafio da qual, (acredito que mais de metade da população do MUNDO não conseguiria viver sem. ex: moda, carros, casa, vida social da qual sem dinheiro não a tens,enfim... inúmeras coisas)
Gostaria de partilhar a nostalgia da 1º festa do gênero em que o meu pai foi, tendo nascido em angola (1954)e não haver jogos eletrônicos ou outros jogos mais modernos para se divertir, a não ser a criatividade dele e dos amigos, logo de inicio no meio ambiente que os rodeava tornou-os receptivos para certos ambientes que hoje em dia os putos não adquirem....já com 16 anos e uma longa jornada pela frente tendo que vir para lisboa para entrar no técnico para engenharia mecânica com média de 16, ele e os amigos decidiram ir a africa de sul a um festival de trance (não sei o nome).

No main dance floor tinhas água quase ate aos joelhos ,levando com chuva na cara, estando 25º graus a sombra. Estando num pais em que a língua é diferente e notando-se que eram estrangeiros, a recepção da comunidade local foi das maior tranquilidades, mesmo que metade deles não sabendo falar inglês ou o dialecto local, não foi problema para a troca de culturas. Supostamente tendo ido por duas semanas e acabando por ficar um mês fora de casa, ele diz k foi a maior experiência da vida dele, mesmo levando a maior coça do meu avó(LOL), não se esqueceu do companheirismo que estas pessoas criam em sua volta e de partilhar o quer que seja mesmo sabendo que o pouco que têm tem de dar para todos.
Hoje em dia, já fui por várias vezes a festas de trance e nunca cheguei a obter o mesmo feeling, não sei se por estas comunidades terem sido "envenenadas" pela evolução do conceito, em que atrai o interesse de pessoas menos desejadas, não respeitando o conceito e tendo atitudes menos desejadas.

Comentário de Marina Soares em 30 Junho 2011 às 16:23

As saudades que eu tenho de uns rapazinhos de cabelo até meio das costas!

Contra mim falo, que deixei cortar o rabo-de-cavalo lá de casa há uns tempos... Este "mundo" que a Ana fala, também tem malta cabeluda, mas eu, rastas, já não aprecio tanto. Não se pode passar os dedos pelas madeixas, eheh!

Comentário de Inês M.C em 30 Junho 2011 às 16:10

É verdade Luís.... Acho também que nos dias de hoje, a sociedade dita muito mais os comportamentos, a moda e as regras do que antigamente...e os miúdos imitam aquilo que veêm... Se já é difícil sabermos o que queremos,quanto mais termos coragem e força para nos distanciarmos daquilo que ns apresentam ou que nosso gupo de colegas ou amigos usa, diz ou faz... Para depois ser gozado? ou ridicularizado por ser diferente? Infelizmente o diferente não é suficientemente valorizado na sociedade e é mais fácil ser mais um do que só um....

Comentário de Ricardo Rodrigues em 30 Junho 2011 às 16:08

Na boa Ana :)

Mas deve passar por ai, não me mexo muito nessas zonas. A partir do momento em que tens filhos, se conseguires beber um copo de vinho descansado com amigos, ou ver um filmes escolhido por ti na televisão (ou no MEO já agora), isso já é uma noite bem passada.

 

Se calhar consegues vê-los no bairro alto, porque se vestem todos propositadamente para lá irem, antes era banal ver um heavy, ou 2 ou 3 na rua, hoje em dia não consigo ver nem um.

já se for na rua e olhar para o lado vejo n putos com botas timberland e o cabelo ao lado, ou com as calças a cairem pelo rabo.

 

mas ainda acredito que ele andem ai como disse a marina ;)

Comentário de Ana Catarina Araújo em 30 Junho 2011 às 16:01

Olha Ricardo, sem querer ofender, e respeitando a tua opinião eu não partilho a mesma...

É claro que á muito "putos" que se vestem de igual, é normal faz parte da idade e tentam  estar na moda, mas isso não quer dizer que todos sejam assim, muito menos iguais ao justin bieber, a não ser que sejam "putos" dos 12 aos 15...

 

Um sitio onde tu vês imenso estilos desde o pessoal do metal, aos rockabilly, aos betinhos, góticos, Punks, emmos entre outro variadíssimos estilos é por exemplo no Bairro alto, Rossio, Cais do sodré a qualquer hora do dia.. Mas se quiseres também podes ir á Rua de Santa Catarina no Porto, e ai vês uma enorme variedade de estilos..

 

Claro que entendo o teu ponto de vista, mas as vezes acho que é questão das pessoas abrirem os olhos e irem a outros sítios e vêem que afinal Portugal não esta cheio de gente igual !

Comentário de Luis Marques Cotonete em 30 Junho 2011 às 15:55
Saber o que queremos e fazermos o que gostamos, são valores que muito poucos conseguem atingir. Não sei se é o caso, mas respeito quem o consegue

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