Acordo e ligo a televisão (made in Espanha), para ouvir as notícias da manhã.
Pego na minha mala (made in China) e saio.
A meio do dia tento ligar à minha mãe, mas vejo que estou sem saldo no telemóvel (made in Finlândia). Envio um e-mail à minha mãe do Ipod (desenhado nos EUA, mas made in China) e esta carrega-me o telemóvel através de transferência bancária pelo computador dela (made in Japão).
Dou corda aos ténis (made in Vietname) e vou para a escola de condução, onde tenho aulas num Fiat Punto (made in Itália).
Vou tirar umas fotografias com a minha máquina (made in Tailândia) e depois vou para casa.
Abro o estojo: uma régua (made in Alemanha), um marcador (made in Coreia), uma caneta (made in Japão) e um corrector (made in Malásia).
À noite ligo o Ipod à aparelhagem (made in China) e adormeço com a cabeça na minha almofada (made in Suíça).
Afinal, a única coisa made in Portugal sou eu. Creio.