Como é que as imagens, particularmente as fotográficas, podem representar, e ajudar a pensar, a morte? É uma das questões levantadas por “Silóquios e Solilóquios sobre a morte, a vida e outros interlúdios”, a exposição de Edgar Martins que inaugura neste novo museu. Comissariado por Sérgio Mah, este projecto teve como base a pesquisa que o artista fez durante três anos no Instituto de Medicina Legal de Lisboa. Durante este período, Martins produziu mais de 1000 fotografias e digitalizou o triplo de negativos do espólio do Instituto. Para completar e constrastar com as imagens que descobriu, quase todas de provas forenses (incluindo armas e locais de crime, cartas de suicídio, etc), criou fotografias e recuperou do seu próprio espólio. Resulta daqui uma exposição que explora o tema da morte a partir da fronteira entre a imagem factual e a “ficcional” e que contribuiu para a discussão de um tema omnipresente desde que o homem começou a produzir imagens.

Um novo momento no percurso criativo de Edgar Martins. Habituado a trabalhar sobretudo com a fotografia em temas de tecnologia, arquitectura, paisagem, incorre agora noutros tipos de processo – instalação, texto, etc – e numa expansão do seu universo artístico e temático.

Edgar Martins. Silóquios e Solilóquios sobre a Morte, a Vida e Outros Interlúdios
Curadoria: Sérgio Mah
De 30 de junho a 16 de outubro
Das 12h às 20h.
Encerra às terças-feiras.

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