Esta exposição reúne trabalhos de mais de setenta artistas numa selecção de obras da colecção Treger-Saint Silvestre, composta por cerca de 600 obras, provenientes de quinze países diferentes como China, Brasil, Estados Unidos da América, Rússia, Áustria, Reino Unido, França, Perú ou Espanha.

O termo Arte Bruta foi usado pela primeira vez em 1945, por Jean Dubuffet, referindo-se a obras de arte realizadas pelo 'homem comum' invadido por um impulso criativo. Estes artistas, que não reivindicam o estatuto de criadores, transgrediam as normas da “arte estabelecida” da época, sem se preocuparem em revelar o seu trabalho, que permanece muitas vezes desconhecido, sendo a sua única preocupação a de criar. Partilhando a sensibilidade e o gosto pela obra destes artistas, que se mantinham à margem dos circuitos comerciais, tornou-se inevitável a constituição de uma colecção que desse destaque à arte bruta mais autêntica mas que contemplasse igualmente obras de artistas que escapavam a esta designação.

A realização desta mostra na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva é uma homenagem à força criativa, pulsão que Maria Helena Vieira da Silva teria certamente compreendido.

A exposição é comissariada por Christian Berst, fundador de uma das mais importantes galerias de Arte Bruta, em Paris.

Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, Lisboa

20 Abr a 23 Set, Seg a Dom, 10h-18h. Encerra à terça.

Preço: 4€

*Imagem: obra de Scottie Wilson