Michel Auder é um daqueles homens que faz da imagem a sua voz. Tendo vivido junto de nomes como Andy Warhol e Louis Waldon, Auder é um homem cuja arte demonstra grandes influências na Nouvelle Vague francesa. A sua obra divide-se em dois grandes conjuntos de obras com  períodos diferentes. O primeiro, que dura entre os anos 1970 e 1990, é influenciado pelo seu casamento com Viva, uma das actrizes predilectas de Andy Warhol, e caracteriza-se por obras de cariz documental. No entanto, Auder recusa a premissa da verdade subjacente à categoria dos documentários, procurando antes uma versão mais intimista e com um cunho diarista nos seus trabalhos, a maior parte realizado a partir das gravações que, obsessivamente, fazia dos seus amigos como Warhol, Viva, Louis Waldon e Taylor Mead. O segundo conjunto de obras de Michel Auder começa a partir dos anos 80. Nesta fase o autor procura levar as pessoas para um mundo do pensamento visual similar ao da poesia, a partir de montagens de diversas imagens de TV e de vídeos baseados na livre associação de imagens. Ainda outro aspecto muito interessante a analisar na obra de Auder passa pelo papel das inovações tecnológicas na arte, já que com a melhoria das câmaras de vídeo e das ferramentas de edição as qualidades deste autor francês ganharam ainda maior valor.

9 Fev a 19 Mai, Seg a Sex, das 11h às 19h, Sáb, Dom e Feriados, das 14h às 20h (última admissão às 19h30).Encerra Ter.

Entrada: 2€ (gratuita ao domingo)