Os famosos tapetes Kum Kapi ganham visibilidade este mês, numa exposição apresentada pelo Museu Calouste Gulbenkian.

Ao conjunto de peças de tapeçaria da coleção do próprio museu, dos séculos XIX e XX, juntam-se as criações de Hagop Kapoudjian e Mekhitar Garabedian.

Hagop Kapoudjian (1870-1946), turco que residiu em Paris, foi um dos mais famosos mestres tapeceiros de Kum Kapi, tanto a nível criativo como de restauro, sendo autor de três dos tapetes em mostra nesta exposição. Muitos dos seus tapetes são assinados em arménio, o que era pouco habitual devido às perseguições de que este povo foi alvo. Por sua vez Mekhitar Garabedian (1977, Alepo), sírio residente na Bélgica, é um artista contemporâneo, que representou o Pavilhão da Arménia na última edição da Bienal de Veneza, e que chega agora com obras que evocam exercícios de aprendizagem do alfabeto arménio, materializado num tapete de nó e desenhados diretamente na parede da galeria.

Esta exposição pretende assim evocar um diálogo entre o tradicional e o contemporâneo,  bem como reforçar uma relação que une os tapetes à diáspora arménia.

 Os tapetes Kum Kapi (em turco «porta de areia») devem o seu nome a um bairro em Istambul onde, no século XIX, se fixaram vários mestres arménios que produziram luxuosos exemplares de nó em seda, com fios metálicos, inspirados nos tapetes persas clássicos dos séculos XVI e XVII.

 Não perca a oportunidade de ver estes verdadeiros tesouros, em forma de tapeçaria.

Horário: das 10 às 18h

Informações:

http://gulbenkian.pt/museu/evento/kum-kapi/