Nem a propósito.

Em textos publicados anteriormente fiz referência à língua portuguesa.

A nossa história, a de Portugal, levou-nos a espalhar a língua de Camões pelos " quatro cantos " do mundo.

Na última cimeira da C.P.L.P. ( Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa ) que ocorreu recentemente em Luanda a Guiné Equatorial solicitou a sua adesão de pleno direito na referida comunidade.

Embora na Guiné Equatorial o português não seja a língua oficial, mas sim o espanhol desde o séc. XVIII, este País manifestou a vontade de tornar a língua portuguesa oficial - ( requisito para integrar a C.P.L.P ).

Em Timor juntamente com o tetum a língua portuguesa é uma das línguas oficiais deste País.

Em Macau juntamente com o chinês a língua portuguesa é uma das línguas oficiais deste País.

Dá que pensar !!!

É que a língua portuguesa é hoje falada em sete Países, por mais de 260 milhões de pessoas, ...., e a quinta mais falada no mundo.

Nesse sentido, a língua portuguesa pode, e deve ser, um veículo capaz de servir de elo de ligação e aproximação ainda mais consistente e sustentada entre os vários povos num relacionamento descomplexado e natural com interesse mútuo entre eles.

Sem qualquer conotação ideológica ( e portanto colonialista ), Portugal dispõe de um activo de supra-importância para a sua afirmação no cenário internacional.

Numa época onde impera a globalização este facto natural resultante da nossa história representa um património a salvaguardar. Com efeito, pelo menos dois dos Países da C.P.L.P. são economias emergentes - Brasil e Angola.

Tão importante para Portugal como a nossa integração europeia é, seguramente, sermos um dos Estados membros da C.P.L.P.

E, consequentemente, " ajudar " os nossos " Países Irmãos " na abertura do espaço europeu num espírito de confiança e interesse mútuo.

A história não é só passado. Mas é do presente que se esboça o futuro.

Neste caso específico a prosperidade das Nações e/ ou Estados membros da C.P.L.P..

De todos, sem excepção.