Entenda esta proposta como um desafio. Um desafio histórico.
Corria o ano de 1908. Portugal, uma Monarquia Constitucional, vivia tal como toda a Europa, um momento político e história bastante agitada. A discussão fazia-se, ao contrário do que acontece hoje, em torno de um tema fundamental. Aqueles que defendem a instauração de uma República. Aqueles que defendem a manutenção do regime Monárquico.
Uma divergência insanável que havia de ficar traçada, e decidida como disse o escritor e romancista Aquilino Ribeiro, no dia 01 de Fevereiro de 1908. No Terreiro do Paço. Em Lisboa.
Antes do desafio e que está ligado ao Regicídio, importa saber que no final do século XIX e princípios do século XX, na Europa, e são muitos os atentados contra as várias Famílias Reais, muitos estão convencidos que “as tiranias acabam-se matando os tiranos.”
De regresso a Lisboa, a primeira tarde do mês de Fevereiro estava solarenga. Céu azul. Chegando a acalmia do fim de tarde.
Vindo de Vila Viçosa, são cinco da tarde, quando o Rei D. Carlos chega a Lisboa, acompanhado por toda a Família Real. Chegou com uma hora de atraso fruto de um descarrilamento de comboio na zona da Casa Branca, em Évora. Ainda assim há dezenas de pessoas à espera do Rei.
O Rei D. Carlos I, contrariando os conselhos de João Costa, Primeiro Ministro da altura, recusa esperar por uma escolta militar e opta mesmo por cumprir a viagem entre o Cais das Colunas e o Palácio Foz numa carruagem aberta.
A carruagem viajou cerca de cem metros quando se ouvem os primeiros tiros. Da multidão saem dois homens armados que disparam sobre a Família Real assassinando o Rei D. Carlos I e o Príncipe Herdeiro, D. Luís Filipe.
Os homens, membros da Carbonaria, uma associação de conspiradores anti-monarquicos, dão pelo nome de Manuel Buiça e Alfredo Costa. Ambos acabam por ser abatidos no local do atentado.
Agora sim. O desafio.
A placa que assinala o local do Regicídio está no Terreiro do Paço. Ali, mesmo junto à Rua do Arsenal. Numa das colunas ali ao lado do que é hoje o Ministério da Agricultura. Perto da placa comemorativa, estão ainda hoje, as colunas adjacentes, as marcas de alguns dos tiros disparados naquela tarde que marcou o início do fim da Monarquia em Portugal.
O desafio, para aqueles que por ali passarem e que se lembrem deste local onde se fez História, é encontrar essas marcas de bala nas colunas. Um pouco em jeito de CSI. Se as conseguir descobrir, desafio-o a si leitor, a aqui colocar uma foto desse “pedaço da nossa História Comum”. Dou uma ajuda. São mais de uma e algumas estão hoje, por decisão saber-se-á lá de quem, tapadas com cimento. Mas mesmo assim visíveis.
Fica o desafio.
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Boa ideia, Fernando! Está aberta oficialmente a época da caça à bala! ;)
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Criado por MyGuide 5 Jan 2021 at 10:16. Actualizado pela última vez por MyGuide 5. Jan, 2021.
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