A partir do propósito de homenagear Dominique Bagouet – fundador do Centro Coreográfico de Montpellier e coreógrafo protagonista da Nova Dança Francesa dos anos 1980, prematuramente desaparecido – o último trabalho de Raimund Hoghe desenvolve-se no sentido de uma evocação daquela década, em que era dramaturgo de Pina Bausch mas também escrevia amiúde sobre a SIDA e em que viu morrer um número considerável de jovens, entre amigos seus, desconhecidos e artistas importantes, pintores, actores, cantores, escritores, bailarinos e coreógrafos.

Si muero dejad el balcón abierto joga com diferentes elementos, combinando paragens no tempo, mudanças de atmosfera, oscilações de sensações, de ritmo. Há muitas cores, há fragmentos de textos de Lorca, Goethe, Duras, entre outros, que se repercutem uns nos outros. Há música de Bach, Purcell, Saint-Saëns, Boccherini, Chaplin, cantos tradicionais de Espanha e Itália, músicas populares.

A Culturgest volta a receber mais este trabalho do coreógrafo alemão de quem, em anos recentes, já apresentou “Young People Old Voices” e “Swan Lake, 4 Acts”.

De Raimund Hoghe
Culturgest, Grande Auditório
25 e 26 Fev, 21h30
Preços: 18€, 5€ para menores de 30