Em 1905, “A Brasileira” de Lisboa vendia café proveniente de Minas Gerais, moído e preparado à frente do cliente. Em 1908, Adriano Teles conclui que a venda à chávena da famosa bica seria suficiente para assegurar o negócio.

Fernando Pessoa era cliente assíduo, bem como Aquilino Ribeiro, António Ferro, Mário de Sá Carneiro, Norberto de Araújo, Stuart Carvalhais e Teixeira de Pascoaes, entre outros. Em 1925, é remodelado e recebe a fachada do arquiteto Norte Júnior.

Teles encomendou então 11 telas a cinco artistas “modernistas”. As “telas de Teles” fizeram correr muita tinta numa Lisboa sequiosa de polémica. De António Soares, Eduardo Viana, Almada Negreiros, Stuart de Carvalhais, Bernardo Marques, José Pacheko e Jorge Barradas, respiraram fumo dos cigarros e do café durante 45 anos.

Em 1970, os quadros foram substituídos por uma nova geração de artistas: João Hogan, Fernando de Azevedo, António Palolo, Carlos Calvet, Eduardo Nery, Joaquim Rodrigo, Manuel Baptista, Nikias Skapinakis, Noronha da Costa e Sá Nogueira.

O Café “A Brasileira” situa-se no Chiado, em Lisboa e continua a ser frequentado, como antigamente, por poetas e escritores que muito têm marcado a vida literária portuguesa.