A Beira Baixa é o coração de tradições milenares lusitanas. Mapa de cultura portuguesa ancestral.
Se quiséssemos descobrir as diferentes nuances de arabescos musicais presentes na música portuguesa encontraríamos na sonoridade beirã um manancial rico e inspirador. Foi a esta pesquisa científica que o grupo musical Ninho, com 6 elementos, se entregou e chegou às minhas mãos em disco (e em escultura!) através de uma amiga. Fiquei atenta a esta nova proposta multi-artística. O grupo encomendou uma obra plástica ao escultor albicastrense José Simão para fazer acompanhar o disco e as apresentações ao vivo. Uma árvore, um ninho e uma cegonha. Sempre gostei das artes que quebram a casca e se reinventam para fora de si... A grande originalidade da performance do Ninho não se prendeu a um reavivar local, de Castelo Branco. Está presente no seu disco de etiqueta independente o levantar do voo das origens e costumes populares, mas é muito deles uma postura clássica, com trajes de rigor negro, que advém da formação musical erudita dos elementos e também da persistente presença em inúmeros festivais de música, desde a World Music à Música Antiga (cá dentro e lá fora). Hoje é assim. A música do Ninho transmite de imediato uma envolvência musical apaziguadora e confortante, como a sensação calma e segura de estarmos num ninho. Esta característica deriva da maturidade conjunta dos instrumentistas, da ligação perfeita da acústica de câmara aninhando a música tradicional, tal como no género brasileiro do Choro porque usa também clarinete, cordas tradicionais e percussão. Desta confluência de tempos e estilos partindo da música tradicional portuguesa reinventaram ainda Eric Satie. Assim nasce o som, ou melhor, o ovo sonoro que cada instrumento recria: guitarra de 10 cordas que alarga o espectro tímbrico e tonal da música e o baixo fretless (sem trastes) que permite combinações infinitas melódicas ou ainda suaves glissandos em registo grave aconchegante. Assim, saímos verdadeiramente do ninho em serenidade sem nunca esquecer “(…) O gesto leve que / Está antes do dar” (Miguel Carvalhinho).
Ficha Artística
Irene Ferreira – Voz, Violino
Miguel Carvalhinho – Guitarra de 10 cordas
Pedro Ladeira – Clarinete
Ricardo Gordo – Guitarra Portuguesa
Fernando Gordo – Baixo
Aldovino Munguambe – Percussão
Rui Monteiro – Imagem
Preço: 10€ + portes de envio,
ou CD + escultura por 30€ + portes de envio.
Contacto: migcarva@gmail.com
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