Costa Nova
Localizada em Ílhavo, a Costa Nova é um vilarejo conhecido pelos seus famosos palheiros de madeira, pintados com listras vermelhas, verdes e azuis, que se estendem até à Ria de Aveiro. Inicialmente, serviam para guardar materiais de pesca e alfaias, mais tarde como armazéns de salga da sardinha e actualmente, servem como casa de veraneio, enchendo as redes sociais de quem visita a região.
Criada no início do séc. XIX, quando se construiu a nova barra, esta povoação piscatória surgiu com o nome Costa Nova do Prado. E aquela que começou por ser uma terra de pescadores, com o tempo passou a ser um bonito vilarejo de Portugal com um encanto muito próprio e que começou a atrair pessoas bem notáveis da sociedade portuguesa. Exemplo disso é Eça de Queirós, que se refere à praia da Costa Nova como "um dos mais deliciosos pontos do globo". 
A Praia da Costa Nova é um excelente local para a prática de variados desportos naúticos, como a vela, o kitesurf e surf, dado o seu mar agitado e o seu extenso areal, que se prolonga até à Praia da Vagueira, e por outro lado pela presença, na outra margem do Canal de Mira da Ria de Aveiro, com as águas tranquilas que proporciona uma paisagem única e completamente distinta. 
Palheiros da Costa Nova (Fonte: CM Ilhavo )
Não existindo propriamente monumentos ou atracções específicas a Costa Nova do Prado é um local que não pode deixar de incluir no seu roteiro, dado o ambiente e charme único que nos remete para a segunda metade do séc. XIX.
Piodão
O Piodão, localizado na Serra do Açôr, no concelho de Arganil,  é uma bela localidade com as suas casas em xisto, construídas na encosta da serra, tendo sido classificada como Imóvel de Interesse Público.
Na Idade Média formou-se uma pequena povoação, a que foi dado o nome de Casas de Piodam, no local próximo da actual aldeia. Posteriormente, talvez no séc. XV, os seus habitantes tiveram que mudar de sítio e fizeram-no para a actual localização, estabelecendo-se na encosta da serra, tendo ao longo dos tempos construindo as suas habitações de socalco em socalco.
Quando se chega à aldeia os nossos olhos são atraídos pela Igreja Matriz de Piodão, dedicada a Nª Sª da Conceição, pois ao ser pintada de azul e branco foge aos tons cinzentos que por ali predominam. Para aceder a esta bonita igreja tem que se subir uma larga escadaria de xisto.
Localizada na praça principal esta terá sido edificada na segunda metade do séc. XVIII, mas no séc. XIX a sua fachada foi reconstruída no estilo neoclássico, depois de estar prestes a ruir. No seu interior encontra-se um belo altar-mor, em talha dourada, em estilo renascença e onde estão as imagens de Nª Sª da Conceição, de S. Miguel e de S. Sebastião.
Bem próximo à Igreja Matriz encontra-se o Museu do Piodão, onde funciona o Posto de Turismo e onde é possível ficar a conhecer melhor as histórias e tradições da aldeia.
Outro local de interesse é a Capela de São Pedro, localizada no cimo da aldeia, bem no topo do emaranhado de casas que compõem o local, fazendo com que muitas vezes passe despercebida. É um simples templo do séc. XVI, possuindo uma imagem de São Pedro, do séc. XVI.
Bem perto da aldeia encontrará  a Foz D´'Égua, uma bela praia fluvial, onde se dá a confluência da Ribeira do Piodão com a Ribeira das Chãs e onde nos deparamos com duas pontes de pedra, que conferem um beleza natural única ao local.
O Piodão é dos locais mais inesquecíveis que se podem visitar, dada a sua beleza e peculiaridade. Perca-se nas suas ruelas íngremes, suba e desça as escadas e aprecie as bonitas casas de xisto, que conferem à paisagem um sabor medieval único.  
Monsanto
A aldeia histórica de Monsanto, localizada no concelho de Idanha-a-Nova, situa-se na encosta de uma elevação escarpada. As suas origens remontam ao tempo do paleolítico, havendo igualmente vestígios arqueológicos da presença romana, visigótica e árabe. 
Durante o século XII, a localidade de Monsanto foi doada à Ordem dos Templários, tendo o foral sido concedido pela primeira vez em 1174. Mais tarde, em 1510 D. Manuel I concedeu à aldeia a categoria de vila.
O Castelo de Monsanto foi construído no topo de um monte granítico, a 758 metros acima do nível do mar, sob a orientação do Mestre da Ordem dos Templários, D. Gualdim Pais e mais tarde passou a pertencer à Ordem de Santiago. Posteriormente, terá sido ampliado a mando do Rei D. Dinis.
Actualmente, ainda é possível encontrar a Torre de Menagem, a cisterna, as escadas de acesso ao adarve (caminho no topo das muralhas) e as ruínas da Capela de Nossa Senhora do Castelo. Foi classificado como Monumento Nacional em 1948. 
Monsanto com a Torre de Lucano em evidência
Localizada no interior do castelo temos a Capela de Santa Maria do Castelo, edificada no final do séc. XVII, sobre uma antiga capela da Ordem dos Templários, estando rodeada por um cemitério, cujas esculturas antropomórficas foram escavadas na rocha.
Bem perto está a Capela de São Miguel do Castelo, sendo esta a prova da existência de uma antiga povoação, denominada de S. Miguel. Encontra-se rodeada por um cemitério paleo-cristão, caracterizado pelas sepulturas escavadas na rocha granítica.
Pode também visitar a Torre de Lucano, conhecida como Torre do Relógio, datada do séc. XV, que se acredita ter sido uma torre de vigia da povoação que se foi desenvolvendo à volta da Igreja Matriz a partir do séc. XV e durante o séc. XVI.
Actualmente, esta antiga torre sineira, ostenta uma réplica do Galo de Prata, que tornou Monsanto a "aldeia mais portuguesa de Portugal", eleita em 1938.
Em Monsanto encontramos uma atmosfera de aldeia medieval única, emanada pelas suas ruelas íngremes, desenhadas pelas belas casas embutidas nas pedras espalhadas por toda a localidade.
Se visitar este bonito local não deixe de visitar também o forno comunitário, os chafarizes e a capela românica de São Pedro de Vir à Corça.
Óbidos
Oppidum, como era conhecida Óbidos, que significa cidadela, cidade fortificada, remonta a um período anterior a Cristo, tendo sido fundada pelos celtas. Ficou conhecida como o "presente das rainhas", depois que D. Dinis a ofereceu de prenda de casamento à sua esposa, D. Isabel, tendo a partir daí passado a fazer parte do dote das rainhas de Portugal. Considerada a vila medieval mais romântica de Portugal, Óbidos é o local perfeito para os que gostam de história e que gostam de viajar no tempo.
Para visitar a cidadela teremos que passar a Porta da Vila, entrada principal da muralha, datada do séc. XVII, é um bonito pórtico barroco, que abriga a Capela Oratória de Nossa Senhora da Piedade, possuindo um bonito painel de azulejos azuis e brancos que retratam as cenas da Paixão de Cristo.
Uma das principais atracções de Óbidos é a sua muralha medieval, que cerca toda a cidade e que data do séc. XII, aquando do domínio dos mouros. Mas o cartão postal da vila é o seu Castelo actualmente bem conservado, mas que sofreu severos danos durante o terramoto de 1755, que só foram reparados por volta de 1930.
Declarado uma das Sete Maravilhas de Portugal funciona na actualidade como pousada do Grupo Pestana, inaugurado em 1951.
Óbidos ( Fonte: Mundo Português )
Um dos edifícios mais emblemáticos da vila é a Igreja de São Tiago, mandada construir por D. Sancho I, no séc. XII, que era utilizada pela família real. Hoje em dia,  no seu interior, funciona a Livraria de Santiago.
A Igreja Matriz de Santa Maria, data do séc. XVI, é o principal templo religioso da vila e foi mandada construir pela Rainha D. Leonor, esposa de D. João II. 
Para descobrir Óbidos deve andar sem rumo, a descobrir todos os recantos da vila, através das suas ruelas, deliciando-se com os pórticos manuelinos, as belas casas caiadas com flores coloridas e o comércio tradicional.
Vila Velha do Ródão
A Vila Velha do Ródão é um pequeno vilarejo, localizado no centro do país, com uma beleza natural única, tendo sido um ponto estratégico nas delimitações de fronteiras cristãs e muçulmanas. Propriedade da Ordem do Templo desde o séc. XII, durante séculos teve uma função rural, que foi alterada a partir da segunda metade do séc. XX, aquando da criação e desenvolvimento de diversas unidades industriais.
A principal atracção desta região é uma formação geológica conhecida como as Portas de Ródão, composta por duas enormes rochas que atingem cerca de 170 metros de altura, provocando um estreitamento do rio, que faz lembrar duas portas, compondo as então portas da vila. Este belo miradouro natural é um local privilegiado para a investigação da fauna e avifauna, onde podem ser observadas cerca de 116 espécies de aves, algumas das quais em vias de extinção. 
 
Portas do Ródão (Fonte: CM VVRódão )
 
Outro local de interesse é o Castelo do Ródão, ou Castelo do Rei Wamba, que não é de facto um castelo mas sim uma torre de vigia. Segundo a lenda, a Rainha, que era casada com o Rei Wanda, apaixonou-se pelo rei mouro, que habitava do outro lado do rio. Quando o seu marido descobriu, levou-a a tribunal, onde foi condenada à morte, tendo sido lançada por uma das escarpas das Portas de Ródão. Durante a queda, a rainha terá lançado uma maldição sobre a Vila e por onde o corpo rolou, não cresceu mais vegetação. Junto ao Castelo encontra-se a Capela de Nossa Senhora do Castelo, mandada construir por um barqueiro que se salvou da morte, numa passagem atribulada pelas Portas de Ródão.
 
Bem próximo à Vila encontramos o Centro de Interpretação de Arte Rupestre do Vale do Tejo, um dos mais importantes conjuntos de arte pós-paleolítico da Europa, onde é dado a conhecer a riqueza arqueológico da terra, existindo mais de 20 mil gravuras.
Visitar a Velha Velha de Ródão faz-nos embarcar numa viagem pela natureza que nos encanta quer pela sua beleza natural única, quer pela imponência da paisagem. 
Caso tenha gostado do nosso artigo não deixe de visitar o nosso blog Descobrir Viajando

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