Estas são apenas três das milhares de perguntas que Padgett Powell coloca no seu último livro Interrogative Mood. Nesta obra, o autor limita-se a questionar, sem nunca fazer uma afirmação durante o seu discurso. É um livro extremamente interessante, pois é novidade, nunca alguém tinha tido tal ideia de transformar aquilo que deve ser informativo e de deleite pessoal, naquilo que pode ser uma autêntica procura interior e exterior. Perguntas como "If it is reasonable to say that everybody has fears and hopes, would you think of yourself as a person with more hopes than fears or more fears than hopes?" fazem-nos pensar acerca das nossas das coisas mais básicas do dia-a-dia, e ao chegarmos ao final do livro, até das nossas próprias ligações e crenças. Powell tem o incrível poder de colocar no leitor, o poder de entender Interrogative Mode como melhor lhe convir, o que não acontece com a maior parte das obras literárias.

Parecendo ligeiramente inspirado em Allen Ginsberg e Walt Whitman, este livro é claramente uma das (felizes) consequências da cultura pós-moderna, que colocou na sociedade contemporânea, o direito e o dever de criar e inovar o mais possível, das mais diferentes formas. Pós-modernismo implica o inimaginável, aquilo que ainda não havia sido feito, contradizendo uma cultura que imperou durante muito tempo: uma cultura clássica, que possui regras.

Contrariamente ao que se passa na cultura clássica, o pós-modernismo torna-se então efémero, pois encontra-se em constante renovação, aumentando a competitividade entre artistas, tornando-os cada vez mais e mais criativos, inovadores e originais.

Tal como Interrogative Mood, existem muito mais obras de literatura pós-moderna de qualidade, que se destacam pela sua originalidade e muitas vezes, também pela forma como são apresentadas ao leitor.