Edificada sobre um promontório sobranceiro ao rio Guadiana, a vila de Mértola guarda ainda hoje vestígios de inúmeras civilizações que a ocuparam e modelaram durante milénios. Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes,... foram-se revezando e deixando marcas que ainda hoje perduram na terra e nas gentes.

Percorrer as ruas do Centro Histórico, subir ao Castelo, visitar a antiga Mesquita e os Núcleos Museológicos ou simplesmente contemplar o rio Guadiana é reencontrarmo-nos com o passado ainda vivo e presente.

Célebre entre os geógrafos da Antiguidade, Mértola foi desde o período romano até à conquista cristã, um importante entreposto comercial, o porto interior da grande via fluvial do Guadiana. Aqui chegaram e se fixaram as gentes e circularam os produtos dos mais díspares lugares do mundo mediterrânico antigo; também aqui se cruzavam com o rio as calçadas que traziam o pão e o azeite de Beja, os minérios de Aljustrel e de S. Domingos.

Após a conquista cristã e durante cerca de cem anos foi também sede da Ordem de Santiago, período a partir do qual o rio Guadiana perde a sua importância como via de comunicação, o que contribuiu para a decadência da vila.

Na Vila Museu o tempo mantém-se inalterado, as ruas organizam-se em socalcos e os edifícios mantém as técnicas de construção tradicionais; preservam-se as muralhas que circundam todo o casco antigo e a estrutura antiga do porto que ostenta a seu lado a antiga Torre do Rio, uma torre fortificada que tem resistido quase intacta a anos e anos de intensas cheias do Guadiana.

O importante conjunto patrimonial do centro histórico é encimado pelo Castelo com a sua imponente torre de menagem a a Igreja Matriz, antiga Mesquita onde se observam vestígios do antigo templo como o mihrab e as 4 portas do arco ultrapassado.

Fonte: Turismo de Mértola - Sites a consultar: Câmara Municipal de Mértola - www.cm-mertola.pt - Associação de Defesa do Património de Mértola - www.adpm.pt - Campo Arqueológico de Mértola - www.camertola.pt - Turismo - www.visitalentejo.pt

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