Passando por entre povos e povoações, eis que chegamos à beira de uma Natureza peculiar que juramos intacta e ainda não descoberta pelo Homem. Contudo, foi o mesmo que embalou o berço que agora dá vida a seres maravilhosos que a cada dia percorrem o seu caminho rumo a um qualquer destino, ao sabor das correntes do tempo.

Um silencioso e vasto lago abraça o mais tenro verde que podemos testemunhar à medida que os sons de um mundo novo ecoam no nosso pensamento.

Águas de conhecimento e curiosidade bastante profundos impulsionam os espíritos mais aventureiros a fazer parte de toda uma mística que nasce e renasce a cada raio sol. À noite, permanece uma aura quente e doce em todos os meios que nos embala num suspiro de breu inigualável, onde a lua canta em jeito de serenata e as estrelas dançam despreocupadas, reflectindo pequenos rasgões no céu num espelho da mais pura da serenidade.

Num sentimento de regresso às origens mais primitivas, acordamos ao som das muitas criaturas que ousaram pertencer ao paraíso, e a fina névoa que se espreguiça naquele imenso lago saúda-nos em jeito de descoberta.

Aqui tudo é possível. Todas as energias se renovam e nos carregam nas asas dos sonhos, para longe de quaisquer preocupações e dissabores.

Na bagagem, pouco precisamos para nos sentirmos vivos e felizes, sendo que as coisas mais simples e despreocupadas são as mais belas e saudáveis. Um constante sol aquece-nos o coração ao compasso de sombras frescas que caminham connosco, e a mais pura das águas dá brilho aos nossos olhos à medida que em relances nos perdemos para nos encontrarmos uma vez e outra.

Numa imensidão de ecos e vidas, um pequeno barco, dois resistentes remos e um puro sentido de aventura é quanto basta para explorar pequenas ilhas, penínsulas e arquipélagos que se dispõem perante nós como um infinito recreio para qualquer eterno Peter Pan.

Não deixem de ser crianças. Divirtam-se!