Sempre que venho a Cascais, acabo por visitar Sintra. Fascinam-me as vivências das várias épocas retratadas nas histórias que a Vila e a Serra  albergam.

Desta vez fui revisitar o Convento dos Capuchos do séc XVI, pois soube que tinha sido restaurado e fiquei com curiosidade de sentir a forma austera e simples como viviam os frades Franciscanos.

Os frades desta ordem fizeram votos de pobreza e a construção rústica e de dimensões reduzidas deste convento, desprovido de qualquer elemento decorativo, são exemplo disso. À  entrada do Convento está a capela cuja abóbada se forma na própria rocha, o Coro Alto onde se entoavam os cânticos da celebração da missa, a casa das Águas que denotam a preocupação dos frades com a higiene e salubridade e a cozinha com a sua mesa de pedra.

(Cozinha e casa de banho)

Andei por pequenos e estreitos corredores, incrustados na rocha granítica, que davam acesso aos quartos e celas dos noviços. É surpreendente a dimensão reduzida das portas e a justa dimensão dos quartos que mostram a humildade e a intimidade desses mesmo espaços.

Imaginar o quotidiano da vida neste convento no séc. XVI é algo que me ultrapassa, embora ao mesmo tempo, me sinta atraído pela parte espiritual dessa comunidade.