Já com os olhos postos no Natal que se aproxima, partimos numa rota conventual pelas cidades portuguesas.  Como resultado perdemo-nos de amores em Alcobaça e descobrimos os beijos mais doces em Tomar.

O dia amanhece cinzento em Alcobaça, mas nem por isso retira beleza ao grandioso Mosteiro, a primeira obra gótica erguida em Portugal, que atrai milhares de visitantes. No seu interior, repousa o amor eterno do rei D. Pedro por D. Inês, o par mais romântico da História portuguesa, cuja presença confere à própria cidade de Alcobaça uma aura especial, tão tranquila como as águas do rio que por aqui corre, o rio Alcoa. Este é, também, o nome de uma pastelaria que fica em frente ao Mosteiro, já várias vezes premiada pelos seus doces conventuais e onde é impossível sair sem experimentar duas ou três das suas especialidades: Toucinho do Céu, as Castanhas de Ovos, o Pudim de São Bernardo, os Segredos de D. Pedro, os Fradinhos e as Curnocópias, para além de um bolo-rei especial, recheado com gila e doce de ovos.

Rumamos a outra das Maravilhas de Portugal, o Convento de Cristo, em Tomar, a cidade portuguesa onde a palavra “templários” faz todo o sentido, surgindo em nomes de ruas, lojas, hotéis e, claro, ao Castelo dos Templários que vigia, dia e noite, esta encantadora cidade onde, na sua parte antiga, encontramos o pecado da gula na pastelaria Estrelas de Tomar. É lá que, diariamente, centenas de pessoas procuram as Queijadas de Tomar, que se afirmam como a mais antiga especialidade local, e os incontornáveis Beija-me Depressa que, na maioria das vezes se esgotam rapidamente.