Óbidos dispensa apresentações. Com uma localização geográfica privilegiada, é um local merecedor de visitas frequentes e que já conquistou um lugar garantido como destino turístico português. Vale bem a pena o tempo que se perde (ou melhor, que se ganha) a percorrer as suas ruas centrais, com escapadelas para subir aos miradouros e às muralhas do castelo, para almoçar na Tasca Torta e terminar com a sobremesa de pêra, ginja e chocolate a fazer jus aos sabores tradicionais da região. É conhecida como vila medieval mas conceitos modernos habitam em espaços híbridos com livros no papel principal, locais estes que fizeram as minhas delícias ou não achasse eu que os livros encaixam em qualquer lado nem que seja paredes meias com produtos hortícolas e frutícolas da origem biológica, ou no espaço e altar de uma igreja.

Boa comida, castelos, praias, história, a uma curta distância de Lisboa, fazem da região do Oeste um local encantador, acolhedor e aconchegante. A contribuir para o “sentir bem” que esta região oferece está, ainda, e com especial destaque, algumas surpresas que devem ser partilhadas. A poucos quilómetros de Óbidos, num local chamado Arelho, encontra-se localizado o Hotel Rio do Prado, um conceito assente no bem-estar e na sustentabilidade, onde nos sentimos próximos da terra e rodeados de mimos. O contacto próximo com a natureza permite-nos desligar do quotidiano atribulado e concentrarmo-nos na tranquilidade e serenidade que os sons e aromas da terra nos oferecem. De ambiente muito familiar, com um irrepreensível sentido estético e arquitectónico, nada foi deixado ao acaso. Por todo o lado se inspira dedicação e simpatia e os pequenos mimos fazem-se facilmente sentir. As lareiras, acesas na rua à noite, permitem uma comunhão feliz com as estrelas e a troca fácil de conversas. A comida é caseira, com toques bem equilibrados de tradição e esmero, com ingredientes de produção própria e servidos com sorrisos nas mãos.

Com bicicletas prontas a serem levadas por quem quiser, facilmente se chega às praias da Lagoa de Óbidos ou a outros pontos da região, isto se a piscina nos permitir que nos desapeguemos dela.

Nota: artigo publicado em Setembro de 2013